sábado, 16 de dezembro de 2017

PEQUENA CRÔNICA

O QUE SERÁ DO AMANHÃ?
O Stand Up José Vasconcelos, com seu variado repertório, cravou uma pertinente observação, ainda que buscasse um cunho de pilhéria: “o brasileiro é o único povo do mundo que sabe que vai dar uma mancada, e dá”. Se aplicarmos o dito ao momento político brasileiro, pré eleições presidenciais, já podemos antever que já vem anunciada a “mancada”, quando a disputa pela presidência da República fica restrita a dois nomes: Lula e Bolsonaro.  Seria falta de líderes, homens ou mulheres que despertassem o respeito e o interesse do eleitor, que correspondessem aos reclamos por um país consertado, avançando em conquistas sociais e econômicas, respeitando e preservando o meio ambiente e por aí afora?
Nada disso vislumbramos no horizonte – um horizonte turvo porque tem as cinzas, as nuvens negras do passado. Conclui-se, de como vão as tendências, qualquer que seja o resultado, que o país só terá a perder. Perde com um candidato que traz na bagagem um recente passado repleto de escândalos de corrupção, quando se viu, e provado ficou, que um bando atrelado ao governo, escancaradamente, assaltou o erário e, consequentemente, o bolso de todos os brasileiros. O saber tão explícito nada adianta. Isso me lembra a “mulher de malandro”. Conheci uma respeitável senhora que apanhava do marido todos os dias e a única coisa que fazia era chorar e, depois, perdoar.
Brasileiros tantos, pelo que mostram as pesquisas,  no andar da carruagem, pouco somam pelos fatos ocorridos, tão recentes, fatos que afundaram o País muito mais ainda na lama, Pinta-se um negro retrato – o do retrocesso.
E o que não guarda um resquício do negro passado, tem uma postura que assusta quanto às retrógadas posições anunciadas. Mesmo assim, pelo que se ouve, seria uma opção, ou seja, dos males o menor. É ruim demais quando se chega a uma posição tal, um dilema: seja o que vier, será ruim.
É o ponto a que se chegou o Brasil.
Enquanto isso, de Norte a Sul, assiste-se a uma população desprotegida enfrentando problemas nas áreas da saúde, da educação, transporte e, muito pior, na segurança. Cresce assustadoramente a violência, os bandidos multiplicam-se como formigas e tudo  muito facilitado, pois o Estado não tem como retê-los nas prisões, que prisões já não existem suficientemente. É o caso que se observa em São Francisco: bandido preso; bandido solto. Isso acaba se transformando em estímulo para recrudescer e não mudar de vida. Paga a população.
Alguns dizem: é esperar para ver. Outros dizem que não estão nem aí. Outros que não vão à eletrônica dar seu voto. Esse desinteresse é, também, deletério, por maior que seja a decepção e até raiva de políticos. Pode-se defenestrá-los exatamente através do voto. Infelizmente não é o que se vê… é o que se pinta.

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