Sabe-se que a ABL, na sua fundação, seria dedicada ao cultivo da língua e da literatura nacional brasileira, promovendo a cultura e a preservação da língua portuguesa e da literatura brasileira. Isto inclui a promoção de obras literárias de relevância, a realização de conferências e a edição do “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”. Seria um ambiente de trocas intelectuais, responsável por promover conferências e publicações voltadas ao âmbito das Letras.
É triste, mas o que se assiste atualmente no Brasil, é a transmutação de entidades de caráter edificante para mero trampolim de promoções pessoais. É o que acontece com muitos órgãos da República, que já não merecem mais a admiração e o respeito da população. E isto é muito ruim, pois implica na formação negativa das futuras gerações que não terão pontos de referência.
Voltando à ABL, um espanto: a eleição da jornalista Míriam Leitão que de literatura nada representa. Contudo, para o presidente da entidade “ela tem todas as qualificações para estar na ABL e vai ser útil para nós porque é muito ativa nas suas ações e tem um espectro muito amplo de interesses – causa indígena, dos negros, e aqui estamos na mesma sintonia”. E emendou: “Além disso, é feminina e feminista. Estamos precisando aumentar nossa representação feminina e Miriam vem em boa hora”, O fundamento da ABL, agora, é outro, é com viés do olhar social. No caso, Míriam Leitão, se encaixa. Era só o que faltava à ABL para se se situar, em verdade, como ABP.
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