sábado, 11 de agosto de 2018

INCÓGNITA

A dois meses das eleições e a disputa pela presidência da República ainda é uma incógnita. Pior, não tem causado nenhum interesse, pouco se ouve falar sobre o assunto, dando-se a impressão que a disputa ainda se dará no ano que vem.
Com a proximidade do pleito ainda se vê um quadro embaralhado tendo o nome do ex-presidente Lula influenciando eleitores e, na fila, Bolsonaro – em crescimento – Marina (que só aparece em tempo de eleição), Ciro Gomes, Alkmim e outros com nomes de pouca projeção, a exceção de Álvaro Dias no Sul.
Os analistas políticos e a imprensa, em geral, veem uma disputa entre a Direita e a Esquerda – símbolo do radicalismo, o que pouco interessa ao País, que precisa de paz e tranquilidade para buscar o desenvolvimento. Os discursos de Bolsonaro e Ciro são assustadores pelas posições que tomam e sinalizam como forma de governo, caso eleitos – é tudo que o Brasil não precisa.
No caso do presidenciável Ciro Gomes, que tem a simpatia da esquerda, com Lula fora do páreo, o que pode se esperar é a continuidade de um sistema que levou o Brasil ao caos: avançou numa ponta e se transformou autofágico do outro lado mergulhado na corrupção.
No caso de Bolsonaro, com um discurso super-radical, é de se considerar que seu crescimento se deve à baderna em que vive o País depois da derrocada do PT de Lula e Dilma. Quanto mais cresce a insegurança, alastra a bandidagem, mais cresce o Bolsonaro.
Em Minas o imbróglio está criado e a situação também mostra como vai mal a política nacional. Márcio Lacerda é lançado candidato ao governo do Estado em convenção do PSB, em Minas. Contudo, a direção nacional do partido decidiu apoiar candidato (?) do PT. A decisão vai para o TSE. Então Minas não pode escolher seu candidato?
E tem novidade. Dilma Rousseff tenta uma cadeira no Senado como uma mineiríssima, agora, e está firme no páreo. Coisa de política brasileira.
Ainda sobre o quadro, aconteceu no final da fala do jornalista Carlos Viana a um grupo de são-franciscanos: uma voz se, justificando-se: “não sei da opinião dos outros, mas para mim Lula foi o maior presidente que o Brasil já teve. Qual é a opinião do senhor?”. Sereno o jornalista respondeu: “Concordo e agradeço a sua pergunta. De fato, o ex-presidente Lula seria o maior estadista brasileiro de todos os tempos se não se deixasse envolver com a corrupção”. Aí está a decepção. A estrela de grandeza maior se transformou em uma estrela anã,  em buraco negro que, por sua força centrípeta atrai inocentes asteroides, ainda hoje.

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