(Guilherme Barbosa)
CANOAS
Por acaso, descuido ou por instantâneo gostar,
Muitos, nos passares de tantos vapores,
Neste porto aventuram descer os teréns,
E deles grandes famílias se fizeram de raiz.
(Viajando Sete Portos – Caminho do Rio)
TORRE DA IGREJA SÃO JOSÉ
E no alto finca o sinal da cristandade – a cruz! Então, desde os tempos imemoriais, ela vigia o rio. Nos tempos mais modernos do chão ao mais alto, Ela ganhou o cume da torre da imponente igreja Sinal visível de nossa terra nos dois pontais.
EMBARÉ - PINHÃOZEIRO
Detemo-nos um bom tempo debaixo de imensas embarés - comumente elas eram encontradas em grupos de três ou mais, como imensas torres, às vezes bem juntas, o que é facilitado por terem a copa muito pequena e rala, com maior destaque para os galhos semipesados que imitam braços magros erguidos ao céu.
PESCADOR (JOGANDO TARRAFA)
Vai e vem, noites e dias, como as águas do rio;
Leva sonhos e recolhe desesperanças, quase sempre;
E de jornadas feitas escreve a longa história
De um povo que sabe o peixe para poder viver.
(Viajando Sete Portos – Pescador)
PAJEÚ CAIS
Ali, de raiz plantada nas pedras para não ter de sair,
Cumpre sina de passageiro do rio na eterna missão;
Ali, plantado para não ganhar os gerais mais além,
E perder a água do seu batismo de barranqueiro.
(Viajando Sete Portos – HOMEM)
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