sábado, 26 de julho de 2025

REMINICÊNCIAS CULTURAIS SÃO-FRANCISCANAS

 


São Francisco tem festas tradicionais que remontam a seus tempos primeiros, muitas ligadas a manifestações religio­sas e outras culturais. Com o passar dos anos, em face às mudanças do modo de vida e pelo advento da televisão e, mais recentemente, do acesso fácil ao celular com variadíssimo meio de comunicação, a sociedade foi mudando de comportamento e afeita a outras formas de manifestações. É uma pena, pois perde-se muita da identidade, das raízes, do sentimento de um povo, transformando-se num modo de universalização.  

Somente à guisa de registro rememoramos alguns eventos que marcaram época.

Encontro das Raízes Culturais São-franciscanas, que a Ong PRESERVAR realizava anualmente envolvendo escolas e vários segmentos sociais do município, como grupos de dançarinas do Mocambo e Buriti do Meio, ternos de folia e outros. Eram repassados, em cada evento, páginas da história e da cultura de São Francisco com muita arte e manifestação cívica nos desfiles que atraiam multidão. Havia, ainda, em apresentações anuais, pela mesma Ong, o Sarau da Cultura, um evento que trouxe a lume guardados culturais que poucos conheciam, como a obra clássica de Elísio Horbilon, Réquiem interpretado pela cantora lírica são-franciscana Estela Cardoso. 

Outro movimento cultural muito interessante era realizado pela família Raposo – João (pai) e os irmãos Tone (Antônio José Raposo) e Renato, com a Cultuarte – Associação de Cultura, Arte e Educação e o projeto Folias, Foliões e Seus Instrumentos Musicais, que era apresentado no município, na região e em Belo Horizonte, levando uma mostra do nosso artesanato (violas, rabecas, cai­xas, etc.) e grupos de foliões. A Cultuarte fez parte do grupo de foliões e artesãos de São Francisco que se apresentaram no Museu de Folclore Edison Carneiro no Rio de Janeiro numa promoção do IPHAN.

E ficaram na bruma do tempo os Encontro de Grupos de Foliões realizados no governo de Kato, que reuniu mais de cem grupos, de todo o município, no CAIC, atraindo atenção de pessoas de fora e promovendo intercâmbio cultural como chegou a ocorrer com a vinda do Grupo Banzé de Montes Claros participando do encontro. 

E tem mais, muita mais que carece de divulgação e catalogação, pois trata-se de um tesouro inestimável, da alma.


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