A Barca da Cultura foi um projeto de cunho cultural, social e político. Cultural, pois interligava culturas diferentes e promovia o valor das culturas ribeirinhas que eram até então invisíveis para as metrópoles; social, pela sua importância como fator educativo; e político, pela possível denúncia da situação precária que a maioria dessas cidades vivia, fornecendo a hipótese de que seu pioneirismo serviu de exemplo para outros projetos culturais já realizados e a certeza de que essa intrépida empreitada merece figurar dentre os acontecimentos relevantes na memória histórica, artística e cultural de nosso país.
Certamente, com a criação da Casa da Cultura em São Francisco, a Barca da Cultura fará parte, muito rica, do seu acervo. Sem dúvida, recorrendo-se à pesquisa de Luciana que tem como objetivo central resgatar um trajeto da memória deste empreendimento de Paschoal Carlos Magno inserido no âmbito da história sócio-política e cultural do país, como relevante e pioneiro projeto de vanguarda artístico, com rico material de estudo envolvendo artes plásticas, teatro, dança, música, canto, poesia e seus desdobramentos para as artes no Brasil.
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