Os homens todos não são mais que a terra e cinzas. – Eclesiástico
Colhendo, daqui e dali, impressões de amigos ou pelo que se vê na internet (veículo imediato de inundável de informações), o que se tem deixa-nos perplexos diante da velocidade dos acontecimentos, renovados a cada hora. Uma célere evolução revolucionando costumes e ideias surpreendentemente.
O mundo todo regurgita-se com constantes e surpreendentes transformações – umas aceitáveis e entendidas dada a evolução, outras de arrepiar os cabelos pela ousadia e despropósito. No Brasil, o que vivemos mais de perto, as transformações são assustadoras levando de roldão princípios morais, sagrados, éticos e civismo numa onda devastadora, capitaneadas por áreas sociais e veículos de comunicação. E tudo, num piscar de olhos torna-se natural. Digladiam-se grupos na defesa de seus comportamentos e ideias, mas o viés é sempre para o pior graças ao poder dos veículos de comunicação, que se pauteiam no lucro financeiro em primeiro lugar. Com o campo minado, surgem falsos messias que encontram respaldo de poder pelo servilismo repetindo-se tristes capítulos da história da humanidade, quando tão poucos, no uso da força, dominavam sociedades inteiras – é o mal maior, pois tem o poder da força impositiva. Calam os Giordanos da atualidade em defesa de uma verdade própria, ainda que falsa. É de se lembrar, no entanto, o que Giordano falou à hora de sua execução na fogueira: “Aguardo a vossa sentença com menos receio que tendes ao pronunciá-la. Dia virá que todos hão de ver o que eu vejo”. Emenda-se com uma lição de Goethe apropriada para a ocasião: “Contra os excessivos predicados de uma criatura só há um meio: o amor; assim, contra as bactérias só há uma defesa: as bactérias”. É de se pensar a respeito como vislumbre de esperança quanto o desmoronamento da torre ou Bastilha que se impõe.
São tantas as lições que se extrai da história da humanidade, estigmatizada por ações deletérias em prejuízo do povo, que levam à reflexão, que podem servir como um alerta à disposição de levantar bandeiras como tantas vezes o povo, na sua maioria das classes mais baixas, o fez... e venceu. São lições que tomadas podem servir como barreira à vitória do solipsismo tomado por alguns na atualidade.
Para aqueles que locupletam da situação atual fica uma lição de Kardec: “É preciso ver o fim, pois pagarão bem caro essa felicidade passageira que não merecem, porque quanto mais tenham recebido, mais terão que retribuir”. Este dia chegará, é uma ação irreversível.
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