Tenham um olhar especial para a avenida Presidente Juscelino. Não é ela meramente uma via urbana, ela tem alma, pois nela encontramos o desfile de homens, mulheres e crianças, que teceram a história de São Francisco. Numa volta aos anos de 1960, partindo do bosque de eucaliptos da Escola Caio Martins, no extremo Norte, chegava-se ao recém-inaugurado Mercado Municipal no extremo Sul. Foi no ano que os bloquetes do governo Tomi cobriram o leito de areia dela, uma novidade e tanto e muito bem recebida, uma existência até o ano passado quando da cobertura asfáltica. Então, em suas abas, via-se lindíssima alameda formada por belas árvores, que na Primavera tinham as copas viridentes cobertas por flores multicoloridas: vermelhas, amarelas, alaranjadas – os belos flamboyants, por onde desfilou em carro aberto uma missa Minas Gerais, cujo retrato o fotógrafo José Aguiar entregou, em mãos, ao Presidente Juscelino, falando-lhe da homenagem que lhe prestara o povo são-franciscano. Não eram tantas as casas, destacando: serraria de José Godoy, no extremo Norte, casas do delegado Orlando Albernaz, “seu” Tó, família Cunha, Floriano Mendonça, Chiquinho Mendonça, família Generoso, rodoviária da jardineira, comércio de Fulô Mendonça, praça Oscar Caetano Gomes com o formoso coreto, cine Canoas, na esquina da avenida com a Silva Jardim, de um lado a Escolinha do Bom Menino e o comércio de Zé Martins; do outro lado o comércio de Sady Maynart e a grande loja de seu Jovem Figueiredo, casa do agente da Navegação, seu Massu e, lá no extremo dela, o Ginásio São Francisco e o Mercado Municipal. Tão bucólica.
Século XXI, a Presidente Juscelino foi literalmente transformada. Quantas e belas casas; pista asfaltada, iluminação pública especial, e uma intensa movimentação, o coração da cidade pulsando intensamente. A nossa bulevar, é claro, no sentido de gostar ou então, como gostava de dizer o padre Germano, nossa Via Ápia, só para recordar como o padre Germano admirava a língua italiana. Tão bela que chama à contemplação. As belas e copadas árvores por extensão das duas abas, quase se encontrando no ato, deixando apenas uma nesga de espaço à contemplação do céu majestoso e infinito de São Francisco e à entrada dos raios dourados do sol. Guardando-se em momento de contemplação, sente-se a presença de Deus em suas criações: o homem e a natureza, é de deter em uma oração contrita de agradecimento por termos uma avenida tão formosa. Quão bela é a nossa avenida Presidente Juscelino!
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