sábado, 16 de junho de 2018

DE OLHO NO AMANHÃ

A visita de são-franciscanos, capitaneados pelo prefeito Evanilso Aparecido Carneiro, ao município de Espírito Santo do Espinhal, São Paulo, poderá ser um marco divisor na luta de São Francisco em busca do desenvolvimento. O que viram naquela município que tem uma extensão territorial e população bem menores que o município de São Francisco, ao tempo que desperta admiração, aponta com possibilidade de tirar São Francisco do travamento econômico. Pode-se dizer que São Paulo é São Paulo, mas não serve como desculpa para observar a rabeira em que se encontra São Francisco em relação àquele município. São muitos os fatores que podem ter levado Pinhal ao desenvolvimento. O que interessou à comitiva são-franciscana, no caso, foi conhecer o Instituto Volta ao Campo que, naquele município e em outros 100 do país deu certo. A questão então, agora, é saber: vai dar certo em São Francisco? A despeito do entusiasmo e conhecimento do secretário Cosmo, da Agricultura, se não houver igual disposição de outros setores da comunidade, nisso envolvendo o Executivo e o Legislativo e grande parte da sociedade, nada adiantará.
Fica-se com certa preocupação a respeito porque existem setores, até mesmo dentro do Executivo, que pensam pequeno e têm ojeriza quando a projeto de maior alcance, denominando-os de mesalomaniaco. E por pensar pequeno é que muitos empreendimentos não se assentaram no município. Também outros por falta de adesão e apoio.
O programa Volta ao Campo está sendo estudado para ser implantado no município com nomenclatura própria, conquanto com os mesmos objetivos. Será o Agrega Rural em aproveitamento da vocação local voltada para as atividades agropecuárias, seu carro chefe econômico. Trata-se, pois, de valorizar, buscar novos rumos e dar toda apoio ao homem do campo. Fortalecendo-o, haverá o crescimento da economia local e, com isso, um ganho para toda a população.
É preciso cuidado, muito cuidado, para não repetir o fracasso de projetos como o da mamona, do amendoim, do cogumelo, da fava d´anta e do frutos do cerrado. Não deram certo porque, primeiro, vieram de cima para baixo e setorizados. Dessa forma não houve envolvimento da comunidade. O Agrega Rural é diferente. Pretende-se – e este é objetivo -, que ele nasça no campo, que agregue o campo, envolva o agricultor familiar. Vai encontrá-lo em sua atividade, oferecendo-lhe assistência técnica, recursos e planejamento para escoar a sua produção. Não será introdução de uma certa cultura como no caso da mamona, que prendendo o agricultor à monocultura, sem opções e, depois, sem mercado, se transformou em um desastre.
É uma grande responsabilidade a do secretário Cosmo, como de resto do Executivo e Legislativo Municipais a implantação do projeto para que São Francisco não fique no “já teve”.

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