QUE TAL UM BOM-DIA?

À medida que a cidade cresce, com o aumento da população, ocorre um fenômeno inverso quanto à socialização: as pessoas vão se isolando, vivendo em compartimentos sociais restritos – familiares e de amigos. Lá se foram os tempos em que havia cordialidade, cultivavam-se amizades, que eram comuns os abraços ou apertos de mãos. 
Não indo longe, observo o que acontece na orla do Rio São Francisco, quando das caminhadas matinais e vespertinas, como fato corriqueiro no encontro (ou desencontro) de caminheiros.
Os motorizados. Quem passa de carro está geralmente com os vidros fechados, quando não, os olhos estão longe, na linha da avenida, sem desviar, sequer para um aceno. O motoqueiro ou motoqueira, passa zunindo, com olhos escondidos na viseira do capacete (ou não), atentos ao longe – é raro um aceno ou toque de buzina. Não é diferente no caso dos ciclistas – passam como se somente eles estivessem no mundo, não olham de lado, não acenam, nem um oi.

E vêm os caminheiros. Se não é conhecido, esqueça-se do bom-dia, do oi, do sorriso ou pequeno aceno. Passam pessoas circunspectas que dão a impressão de estar caminhando por obrigação – coisa de saúde –, e nunca por prazer. É raro um bom-dia espontâneo. Se vêm em dupla, conversam entre si e nem dão bolas para quem com elas cruza no caminho. Mais triste é quando vem uma pessoa com o terço na mão, dedilhando as contas: olhar fincado no chão, rezando, rezando. Talvez se estivesse olhando para o céu, tentando alcançar o Pai, pudesse ver o irmão que passa ao seu lado, lembrando o que ensinou Jesus: amai-vos uns aos outros…
É tão agradável quando se ouve um bom-dia e possa responder da mesma forma com um sorriso.
Lembro-me de um caso ocorrido alguns anos atrás. Uma ciclista vinha, ganhou a orla pedalando sorridente, cumprimentava sorrindo as pessoas. Repartia alegria. De repente passou por um grupo de rapazes, deu bom-dia e nada de resposta. Indignada, parou a bicicleta, olhou para trás e bradou: “Ei gente! Bom-dia!” Surpreendidos, os rapazes se deram conta do ato falho e responderam uníssonos, também com alegria, BOM-DIA! 
Ora, estar com o irmão com um sorriso, um aceno, um oi, nos faz crescer como entes sociais, como família. Se temos um bom dia é sinal que estamos vivos; se estamos vivos é por vontade de Deus. Assim, se Ele nos dá um bom dia, por que não dar também aos nossos irmãos um bom-dia?!
Assim, BOM-DIA!

TRISTEZA SE ABATEU SOBRE SÃO FRANCISCO

Entrada de ano, meio às alegrias de confraternização, os são-franciscanos experimentaram, também, momentos de profunda tristeza pela perda de entes queridos, pessoas que tanto serviram à comunidade com seu trabalho, sua amizade e na construção de suas famílias.
No dia 26 de janeiro, São Francisco perdeu Idalina Faria Sá, a dona Dalú, que serviu a comunidade frente ao Cartório de Registro de Imóveis, seguindo a carreira de seu pai, o saudoso Manoel Clemente Sá. 
No dia 1º/2/2019, a comunidade foi surpreendida pelo falecimento de Nego Branco (João José de Matos), assim tão de repente, de modo quase casual. Foi um choque. Do meio rural – de quase todas as regiões – e da cidade, pessoas acorreram, em profusão ao Memorial Bom Pastor para confortar a sua família e levar-lhe suas últimas homenagens.
No dia 3 deste mês chegou, como um grande choque, a notícia do falecimento de José Tiago Ribeiro Neto, Tiagão do Logradouro, Tiagão do Correio, como carinhosamente era chamado. A história de Tiago há de ser contada com mais vagar, depois do passar da dor de sua perda. Ele foi muito importante para São Francisco, como homem público e como pessoa afável, catalizador de tantas amizades.
Aos três entes que deixam um vácuo em nossa sociedade, não pranteamos na dor da saudade. Pelo contrário, rendemos-lhes nossas homenagens e agradecimentos pelo tanto que fizeram por São Francisco e pelo engrandecimento da família. Ficarão, por merecimento, em nossa memória e história de São Francisco.

PLANTANDO ÁGUA NO MUNICÍPIO

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e CODEMA têm atuado, através da sua patrulha ambiental mecanizada, na construção de obras mecânicas de conservação de solo e água, em várias comunidades do município.
As dificuldades enfrentadas pelo produtor rural são inúmeras, porém algumas têm um peso maior: a falta d´água e a degradação do solo das suas propriedades.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e CODEMA, mesmo enfrentando muitas dificuldades, principalmente a falta de recursos, têm realizado parcerias com os produtores rurais, no sentido de reservar água nas propriedades rurais e consequentemente garantir a preservação do solo.
Ao longo do ano de 2018 e início de 2019 foram vários produtores atendidos com obras de preservação de água e conservação do solo – barraginhas; barragens, tanques, curvas de nível e contenção de erosão.
Algumas comunidades atendidas: Furado Grande, Buritizinho, Lagoa, Gameleira, Vargem de Casa, Retiro do Morro, Curral Velho, Juncal, Retiro, Traçadal, Angical e Cedro, dentre outras.
Ainda há muito por ser realizado, mas que se mantenha a parceria com o produtor rural, para que se intensifiquem essas medidas tão importantes para a garantia da qualidade ambiental para a garantia da qualidade ambiental no município e o bem-estar do homem.

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