segunda-feira, 16 de outubro de 2017

CAIO MARTINS, RETRATO DE UM BRASIL DE HOJE

                                                                                                           XI - Parte  

As escolas Caio Martins, transformadas em Fundação, passaram por uma profunda mudança sem perder, contudo, sua filosofia, sua essência educacional e pragmatismo fundamentado no pensamento de Manoel Almeida em seu comprometimento com a cidadania e formação de homens cônscios de seus deveres para com a Pátria. Uma grande inovação veio com o "livro verde" (o programa), uma nova sistemática no projeto educacional que tinha, no Centro Integrado de Educação de Esmeraldas, o seu principal pilar. Foi uma revolução, sem dúvida. Um projeto educacional que englobava todos os segmentos do CI – alunos (da infância à juventude), professores, funcionários, médicos e segmentos da população vizinha – era uma só comunidade voltada para um projeto de formação dos alunos.
Eu  terei oportunidade para falar sobre o trabalho realizado no Centro Integrado de Esmeraldas que, em sentido estrito, poder-se-ia ser considerada uma universidade que abrigava alunos da grande BH, de vários municípios do Norte e Noroeste de Minas, uma diversidade social que influenciava no trabalho cotidiano até mesmo orientando a metodologia empregada.
Em primeiro plano, deixo o CI para avançar noutra direção, a rede intrínseca de planejamentos, trabalho, e operação que possibilitava a ação comum de todas as unidades da FUCAM. Da diretoria executiva e do CI emanavam as diretrizes que serviam como liames entre todas as unidades, eram todas, como um só corpo. Não apenas de trabalho operacional, mas também de propostas educacionais e de idealismo. Eram um universo.
Lembro de passagens interessantes, neste contexto, proporcionada por um importante setor criado no novo organograma: a diretoria de Centros e Núcleos e o Setor de Produção. Foi quando aconteceu uma mudança em minha vida. O coronel Almeida alçou-me do Centro de Treinamento de São Francisco para assumir os cargos de diretor do Centros e Núcleos e Setor de Produção da FUCAM. Uma grande responsabilidade, sobretudo pela recomendação do então presidente da entidade, desembargador Antônio Braga: “você será os meus olhos nas distantes unidades da Fucam”. Assim, em cada visita que eu fazia, mensalmente, em cada unidade, eu procurava trabalhar com cada diretor, servidor, funcionários e alunos, procurando fazer presente a entidade com toda sua expressão. Depois, eu levava ao presidente, um relatório circunstanciado do que era realizado em cada unidade. O que eu via sempre me enchia de prazer, de alegria e me leva à certeza que a Fucam estava no caminho certo na formação de cidadão “cônscios de seus deveres para com a pátria” como preconizava Manoel Almeida.
Era admirável como os diretores das unidades se dedicavam ao seu trabalho, a identificação  com os ideais da Fucam e o amor que dispensavam aos alunos, como trabalhavam para responder às necessidades de cada localidade.
Buritizeiro, Conceição (Urucuia), São Francisco, Januária, Juvenília (Carinhanha) – cada unidade com sua característica e sua história, todas, no entanto, tão importantes e transformadoras do meio, conforme sua atuação. No resumo, a pujança das Escolas Caio Martins (Fucam) .

É o que veremos a seguir.













Texto: João Naves de Melo

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