segunda-feira, 16 de outubro de 2017

HISTÓRIA EM FORMA DE CRÔNICA

                                                                                                        JNM   

JOAQUINA DE POMPEU - II

Casarão velho de Joaquina do Pompeu

A descendência de d. Joaquina do Pompeu é fantástica, um rol com nomes de ilustres brasileiros. Eis o que encontrei pesquisando:  Benedito Valadares (governador de Minas Gerais) Afonso Arinos de Mello Franco (ministro, embaixador e político), Gustavo Capanema (ministro e governador de Minas) José Magalhães Pinto (governador de Minas Gerais) Francisco Campos (ministro e jurista), Dom Carlos Carmelo Vasconcellos Mota (Cardeal arcebispo de São Paulo e Aparecida.
Joaquina do Pompeu foi grande até no nome de batismo: Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco Souto Maior de Oliveira Campos. Ela nasceu em Mariana no ano da graça do Senhor de 1752, falecida em sua fazenda no Pompeu Velho em 1824.
Passando pela história de Joaquina de Pompeu vamos ver que o  tráfico de influências e o poder do dinheiro  já grassavam nos tempos primeiros do Brasil. Era tão grande a influência de d. Joaquina que ela obteve do rei carta branca e isso lhe dava total liberdade de ação, sendo imune a censura, processo e penas. Daí ela se transformou em Rainha do Sertão, a Sinhá Braba.  De caráter autoritário era polícia e justiça em seu território. Prendia, julgava, castigava ou perdoava os criminosos que caiam em suas mãos. Dona Joaquina tinha grande influência junto à família real, chegando a trocar presentes caríssimos com o  Dom João VI e com o imperador Dom Pedro I.
A fama de Joaquina de Pompeu se estendeu às lonjuras urucuianas, talvez passando por Paracatu, onde alcançavam suas terras e por aquelas trilhas muitos pompeanos foram explorar terras nos vales do Urucuia e Conceição. Daí fácil foi confundir Joaquina do Urucuia com a poderosa Joaquina de Pompeu, porque contemporâneas.
CURIOSIDADES HISTÓRICAS
Segundo Agripa Vasconcelos Pompéu foi o primeiro núcleo organizado da civilização agrária das Gerais” de onde partiam tropas carregando gêneros alimentícios para diversas localidades de Minas. Principalmente em Vila Rica d’Ouro Preto, onde mandava boiada para vender carne barata durante a fome que atingiu a Capital da Capitania em 1786.
O Portal Minas registra: “O fato que, sem dúvida, marcou a vida de Dona Joaquina foi a Transferência da corte portuguesa para o Brasil. Na ocasião da chegada da família real, o Rio de Janeiro encontrava-se despreparado para receber mais de 15.000 pessoas vindas de Portugal. Em 20 dias esgotaram-se todas as reservas alimentícias. O Vice Rei então pediu auxílio ao Governador de Minas que, sem dinheiro e receoso de que os mineiros desconfiados não mandassem mercadoria a crédito, se lembrou de Dona Joaquina. A fazendeira atendeu o pedido, mandando carne, farinha, rapadura, milho e feijão. Assim D. Joaquina obteve fama. Durante anos a fazendeira sustentou a nova capital do Reino do Brasil. Qualquer pedido que ela fizesse ao Regente era atendida imediatamente.”
De acordo com Agripa Vasconcelos, tamanha era a sua influência que ela obteve do rei Carta Branca. O que dava a ela total liberdade de ação, sendo imune a censura, processo e penas.
Quando morreu deixou em seu testamento 11 fazendas, 40 mil cabeças de gado e centenas de escravos, além de baixelas de prata, bandejas e barras de ouro, entre outros tesouros. Além de uma imensa área territorial descrita por Vasconcelos como sendo maior do que a Bélgica, Suíça e Holanda, Dinamarca e El Salvador.

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