A Primavera não me sorri,
E de tanto ser esperada
Na aspereza em que vivo
De seca em seca e no seco.
A brisa não me traz perfume
No triste inverno do meu país.
As flores sequer chegaram,
Murchas antes do tempo,
Na esperança dos botões.
Mas eu sei, de certeza,
Que com as primeiras chuvas
Meu mundo se fará todo verde.
E na brisa doce e fresca
As flores do campo se abrirão.
Primavera. Primavera chega!
A esperança realizada será.
Só não tenho igual esperança
Com o Inverno do meu país,
Na construção recalcitrante
De políticos que o corroem.
A Primavera tem a bênção de Deus
Quem sabe, um dia,
Ela volte a brilhar e brilhar
Nos céus da Terra de Santa Cruz?
São Francisco, 22 de setembro de 2017
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