V - parte
ESCOLAS CAIO MARTINS NO PERÍODO MILITAR
No
período do Governo Militar
(Revolução) as Escolas Caio Martins
passaram por um processo de grandes mudanças: foram desvinculadas da Secretaria
de Assistência Social, transformadas em unidade da Polícia Militar (1964), com um oficial graduado assumindo o comando.
Na Escola de Esmeraldas, considerada a matriz das escolas, a direção passou a
ser ocupada, também, por um oficial superior
e, nas demais escolas, com exceção de São Francisco e Januária, a
direção foi passada a sargentos. No caso de São Francisco e Januária foram
mantidos os diretores João Naves de Melo e Elzita Gasparino, certamente mercê
da repercussão dos trabalhos que realizavam e pelo reconhecimento de suas
respectivas comunidades.
Eleito deputado estadual e depois
federal, o coronel Almeida afastou-se da direção das Escolas indo morar em principio, em
Brasília – DF, retornando mais tarde, fim do seu mandado a Belo Horizonte.
Na
escola de Esmeraldas, conquanto fosse mantido o sistema de internato de alunos,
desenvolvia-se, paralelamente, uma escola de treinamento e formação de
soldados. De São Francisco, objetivando preparar pessoal para que, depois, como
militares, voltassem para servir na própria escola, foram enviados para
preparação: José Geraldo, José Pereira, Aleizim, Fernando, João Canaro,
Adalberto Amorim. Deles concluíram o curso: José Geraldo (hoje oficial
reformado), José Pereira (reformado), voltando a servir na escola como
militares. João Canaro e Adalberto não concluíram o curso mas retornaram à
escola servindo como mestres de marcenaria e alfaiataria.
Na área
social a unidade Caio Martins contou, em um período, com o cuidadoso trabalho
desempenhado por Djacira, que sempre se fazia presente nas unidades. Isso
durante o comando do Cel. José Geraldo de Oliveira.
Um
período muito profícuo para a instituição, no todo e, especialmente para São
Francisco, foi o do Cel. José Ortiga no comando geral da PMMG. Ele teve uma
atenção muito especial para o Centro de Treinamento de São Francisco – com
ajuda dele foi possível recursos para construção de dois lares novos, cada um
com capacidade de abrigar 50 alunos. Cel Ortiga assistiu a uma apresentação do
coral/jogral do CT e, deveras emocionado, proporcionou-lhe uma excursão a Belo
Horizonte onde fez diversas apresentações: no Palácio da Liberdade (gabinete do
governador Israel Pinheiro), consulado americano, Rádio Inconfidência,
emissoras de TV e um passeio a Ouro Preto.
No período
das Escolas Caio Martins como unidade da Polícia Militar não houve inovações
nas ações educacionais, mas experimentou-se um período de tranquilidade,
realizações sociais (atendimento permanente de crianças e adolescentes) e de
muito respeito pela instituição, destacando-se figuras que ocuparam postos de
Diretor Geral - cel. Saul Martins, Major Edson Olímpio, major Leonel; major
Doro e capitão Joaquim, tesoureiros – todos identificados com a obra. Houve,
nesse período muito progresso material.
Foto e Texto: João Naves de Melo
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