ATO DE FÉ (MUITA FÉ): Lá se vão os anos quando o são-franciscano vivia mais as festas juninas, especialmente o São João com dezenas de fogueiras iluminando as ruas arenosas da cidade. Vencida a noite, ao amanhecer, com o fogo da fogueira esmaecido, restando a a cinza quente e algumas brasas, tinha lugar um ritual especial: atravessar, descalço, o braseiro da fogueira. E tinha gente que cumpria o ritual com calma impressionante e nunca foi registrado caso de alguém ter queimada a sola dos pés. E o melhor vinha depois, era tempo de madrugadores assarem batata-doce na cinza. Que sabor!
Toda a Europa conheceu a tradição de acender fogueiras nos lugares altos e mesmo nas planícies, as danças ao redor do fogo, os saltos sobre as chamas, todas as alegrias do convívio e dos anúncios dos meses abundantes. O mesmo se dava na África e Ásia. Os indígenas brasileiros também comemoravam o São João em torno da fogueira, inclusive saltando-a. De acordo com a tradição católica, a fogueira queimou, nas montanhas da Judéia, para anunciar o nascimento de João, no dia 24 de junho. Foi a forma que sua mãe Isabel encontrou para comunicar a chegada do filho a Maria, sua prima, que também estava grávida e seis meses depois daria à luz Jesus.
O nascimento de São João coincide com o solstício do verão (inverno em nosso hemisfério) quando as populações do campo festejavam a proximidade das colheitas e faziam sacrifícios para afastar os demônios da esterilidade, as pestes dos cereais e as estiagens.
PROFECIA: No meio rural, São João ajuda o agricultor com informações da meteorologia. Ainda nestes tempos, é comum os agricultores buscarem as informações da Profecia de São João para se basearem e se prevenirem para o plantio – é preciso saber quando vem a chuva.
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