segunda-feira, 16 de outubro de 2017

HISTÓRIA EM FORMA DE CRÔNICA

                                                                                                        JNM   

JOAQUINA DE POMPEU

Joaquina de Pompeu, assim era conhecida a Joaquina do Urucuia, Joaquina do major Rafael, confusão que só foi esclarecida através de um artigo escrito pelo caro amigo folclorista Saul Martins. Segundo ele anotou,  Joaquina do Pompeu era outra. Como fiquei entre as duas Joaquinas, procurei maiores informações sobre a Joaquina de Pompeu, tomando conhecimento  da existência de uma figura legendária – e pouco conhecida, uma mulher fantástica, poderosa, muito rica e a mais famosa matriarca de Minas Gerais. Era dona de um verdadeiro império. Suas propriedades chegavam a um milhão de alqueires – bem mais do que os 12 a 15 mil alqueires de Joaquina do Urucuia que era considerada muito rica e poderosa. Em um levantamento atualizado, as suas terras compreendem, atualmente, os municípios de Pompeu, Pitangui, Abaeté, Dores do Indaiá, Paracatu, Pequi, Papagaios, Maravilhas e Martinho Campos.  Gado ela tinha milhares de cabeças; escravos, mais de mil.     Outro registro histórico interessante: ela desempenhou papel importante de suporte à família real, quando Dom João VI veio para o Brasil e contou com sua ajuda para alimentar a corte. Noutra ocasião, ela ajudou Dom Pedro I, na época da Independência, fornecendo alimentos para suas tropas e, ainda, escravos e animais para as fileiras do futuro imperador.

Agripa Vasconcelos (Sinhá Brava – D. Joaquina do Pompéu) escreveu sobre a origem dessa poderosa matriarca: filha do advogado português Jorge de Abreu Castelo Branco e dona Jacinta Teresa da Silva. Casou-se com o capitão-mor Inácio de Oliveira Campos. Estabeleceu-se em Pompéu que se transformou no primeiro núcleo organizado da civilização agrária de Minas Gerais de onde partiam tropas carregando gêneros alimentícios para diversas localidades de Minas, principalmente em Vila Rica d´Ouro Preto, onde mandava boiada para vender carne barata durante a fome que atingiu a Capital da Capitania em 1786.

Um comentário:

  1. Uma pergunta....como há uma foto de Joaquina de Pompeu, se ela morreu 2 anos antes de inventarem a fotografia?

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