sábado, 24 de fevereiro de 2024

NOSSA CIDADE: FATOS HISTÓRICOS

 Nota: Esta monografia será dividida em capítulos, 

mais curtos, para uma melhor leitura.


Igrejinha e cruzeirinho de Teodoro



EM BUSCA DAS ORIGENS – X

  

        O índio está em nossa ancestralidade mais recente e direta no liame  à terra-mãe. A nossa etnia – informações genéticas físicas, espirituais e comportamentais –, no entanto, vem de tempos mais distantes, esquecidos nas brumas dos séculos. A raça mais próxima na composição de nossa etnia, depois do índio, é a do negro africano. No processo da aglutinação das três raças do branco, do índio e do  negro ocorreu a formação da raça do brasileiro. O caminho, no entanto é longo, passando por milênios. Percorrendo espinhosos e tortos caminhos, muitas vezes com indignação diante de atos ligados ao comportamento humano, vamos encontrar fiapos de raízes da abominável escravidão, fato marcante da introdução do negro africano no processo de colonização do Brasil e, consequentemente, na formação da raça brasileira. Ainda que não se aprofunde na questão, por demais debatida e exposta em  estudos por cientistas e historiadores, apenas para dar curso a este sucinto trabalho, pretendo discorrer sobre o assunto para entender o porquê da escravidão e como ela, apesar do sofrimento imposto a seres humanos, teve extraordinária importância na constituição do nosso País. Indo além para  entender a nossa ancestralidade como um raça brasileira, fusão, em sua origem na três raças branca, índia e negra.

      Revendo a escravidão em suas origens buscamos entender o comportamento humano ou desumano. Ela foi presente nas sociedades do Egito Antigo por mais de dois milênios – desde o Império Antigo (2700–2200 a.C.), prisioneiros de guerra eram escravizados e um grande contingente da população realizava trabalho compulsório. No Código de Hamurabi (1792-1750 a.C) a escravidão também era contemplada. Passou pela antiga Grécia onde encontramos o conceito do  Aristóteles (A Política) sobre a  escravidão: “A utilidade dos animais domésticos e a dos escravos é mais ou menos a mesma que tanto uns, quanto outros ajudam-nos, através de sua força física, a satisfazer as necessidades da existência. Assim a guerra é um meio natural, pois ela compreende esta caça que se deve fazer aos animais selvagens e aos escravos, que, nascidos  para obedecer, se recusam à obediência”. Espantoso em tempos atuais.

       Conhecer o papel representado pelo branco, índio e o negro nas raízes da nossa civilização nos levará a entender melhor o comportamento da raça resultante, o brasileiro, em seus costumes de modo geral. No caso, em ligeiras linhas, já abordamos a participação dos índios e a presença deles na formação do povo barranqueiro, em nosso caso, no médio São Francisco. Vamos, então,  nos ater um pouco da presença do negro.

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