Ama com fé e orgulho, a terra em que nasceste! (Olavo Bilac)
No 22 de agosto celebra-se o Dia Internacional do Folclore. A data foi escolhida para lembrar o dia em que o termo "folklore" foi criado pelo britânico William John Thoms, combinando as palavras "folk" (povo) e "lore" (saber ou conhecimento). No Brasil, a data foi oficializada em 1965 com o objetivo de valorizar e preservar a cultura popular, através de lendas, danças, cantigas e outras tradições.
E qual é a importância do folclore? Em primeiro plano considera-se que é a cultura popular, tornada normativa pela tradição. Onde estiver o homem aí viverá uma fonte de criação e divulgação folclórica. Segundo Câmara Cascudo “o folclore estuda todas as manifestações tradicionais na vida coletiva”. A bibliografia no país tornou-se rica e vasta, não comportando uma síntese.
Ledo engano por parte daqueles que tomam o folclore apenas como manifestações populares desprezando a sua importância intrínseca que, de fato, representa o sentimento e a alma de um povo. E vai mais longe quando se liga muitas de suas narrativas com ocorrências históricas, citando apenas alguns exemplos da perpetuação de fatos ocorridos noutros séculos como a história do bumba-meu-boi, dança do São Gonçalo, Ternos de Reis, e vai muito além com lendas e mitos que remontam à era antes de Cristo e são vivas em dias atuais como a Iara (sereia).
O município de São Francisco tem um acervo folclórico formidável: artesanato, autos, ternos de reis, danças, canto, alimentação, mitos e lendas. Indo um pouco além, cita-se a projeção de nomes de pessoas que se projetaram nacionalmente como expoentes do nosso folclore. Entre nomes que alcançaram divulgação em livros, revistas, programas de televisão encontram-se Minervino Gonçalves, Nego de Venança e Joaquim Goiabeira (artesãos famosos pela fabricação de violas, rabecas e caixas); Adão Barbeiro à frente de grupos Reis dos Temerosos (exímio dançador do lundu) e Terno de Reis; João Pomba Triste, no comando da Dança de São Gonçalo; Adão do Matadouro e Messias à frente do Boi de Reis. Aqui e alhures ficaram eles reconhecidos como patrimônio cultural com apresentações em Belo Horizonte, Montes Claros e até no Rio de Janeiro. Onde se apresentaram, levaram o nome de São Francisco.
As escolas deveriam dispensar maior atenção para o folclore com o que despertariam o interesse dos alunos para a tradição cultural do município, que é tão rica, expressiva e alhures reconhecida.

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