sábado, 16 de agosto de 2025

HOTEL OSCAR GOLD EM SÃO FRANCISCO

 


Na sexta-feira,15, no auditório da Ong PRESERVAR, aconteceu o lançamento da pedra fundamental do Hotel Oscar Gold da rede OLT Hotéis em São Francisco. O evento contou com a presença do empresário e deputado Oscar Teixeira e equipe da rede OLT Hotéis, do prefeito Miguel Paulo e diversos segmentos da sociedade são-franciscana.


Oscar Teixeira discorreu sobre sua ligação com o município de São Francisco desde a iniciativa da implantação da faculdade a FAVENORTE que, mais tarde passou à FADENORTE. Reportou-se ao encontro que teve com o procurador Jarbas Soares Jr  que lhe passou a preocupação sobre a carência de hotéis em  São Francisco sugerindo que fosse construído um hotel da rede OLT em São Francisco. A sugestão foi acolhida e que, nesta oportunidade, estava em São Francisco para realizar o lançamento da pedra fundamental do mais novo hotel da sua rede. O deputado demonstrou preocupação com o desenvolvimento de São Francisco em face da construção da ponte sobre o rio São Francisco, o que exige muita atenção e participação da sociedade, em todos segmentos para se preparar para a grande mudança. Discorreu sobre a rede hoteleira do seu sistema, que está em diversas cidades de Minas e do Brasil, que o hotel a ser construído em São Francisco, de altíssima qualidade, terá três pavimentos e 50 apartamentos.  Concluindo sua fala fez referências ao procurador Jarbas destacando a sua preocupação com o desenvolvimento de São Francisco e a grande admiração que tem por ele, saudando, na oportunidade a mãe dele, Rosalice Caetano, presente no evento, representando-o ao lado da filha Zane e do genro Sérgio.

O prefeito Miguel Paulo saudou o deputado Oscar Teixeira agradecendo-o, em nome do povo são-franciscano por tão importante iniciativa que representará um passo muito importante para o município. Fez menção, ainda, ao trabalho que vem sendo desenvolvido pela Ong Preservar e Secretaria de Cultura na criação da Casa da Cultura, outro quesito importante no desenvolvimento do turismo no município. Rosalice Caetano justificando a ausência do procurador Jarbas, que teve papel destacado na construção do hotel da rede OLT, agradeceu em nome da família e dos são-franciscanos a iniciativa do deputado Oscar.

O hotel será construído numa área na praça Januária (Matriz) onde funcionava o escritório da Cemig.



MOMENTO CULTURAL



  Na terça-feira 12, na biblioteca Pública Municipal Dr. Geraldo Ribas, foi realizada a 12ª edição da Noite Mineira de Bibliotecas Públicas. Este projeto tem como objetivo estimular a ampliação do horário de funcionamento dos espaços culturais realizado uma vez a cada dois meses, oferecendo ao público, no período noturno, uma programação cultural que pode incluir exposições, saraus literários, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, entre outras atividades e serviços.

A respeito deste evento falou a historiadora Gesilda Paraizo do departamento de cultura da Secretaria Municipal de Cultura e mediadora do evento ao lado da bibliotecária Jussara Nascimento: “A programação contou com a conversa especial com o escritor João Naves de Melo, que encantou o público com sua trajetória e reflexões sobre literatura. Durante o evento, foram distribuídos livretos do autor, produzidos com recursos da Lei Aldir Blanc Municipal, com direito a autógrafos personalizados”.

Marcou presença no evento o secretário Municipal de Cultura, João Herbber, reforçando o compromisso com o incentivo à leitura e à valorização dos autores locais. O evento contou ainda com a participação ativa dos alunos do curso técnico de Design do Colégio Plano, enriquecendo o diálogo e a troca de experiências.

CONEXÃO CULTURAL

 

Visita a secretária de Cultura de Januária

Uma equipe são-franciscana, tendo à frente o secretário Municipal de Cultura e Turismo, João Hebber, empreendeu visita ao município de Januária buscando inteirar-se dos programas culturais e de turismo desenvolvidos naquele município. Fizeram parte da comissão João Naves, pelo Preservar, Ana Paula, Cibele e Daniela, do departamento de cultura da Secretaria.

O roteiro da visita, sugerido pelo advogado  Allan Johnnes: Alma Barranqueira, Casa da Cultura, Encantos do Sertão, Mercado Municipal, Cachaça Caribé, praia do rio São Francisco e Secretaria de Cultura. As informações colhidas nas visitas responderam  aos objetivos da viagem técnica e aos programas cultural e de turismo da Secretaria de Cultura de São Francisco e do Preservar tendo em vista a instalação da Casa da Cultura e outros projetos. Destaques: Alma Barranqueiro e Encantos do Sertão, um trabalho centrado no artesanato local e regional valorizando o trabalho dos artesãos e promovendo diversos aspectos da cultura local. No mesmo sentido foi a visita à Casa da Cultura. Interessante foi a visita à Cachaça Caribé, um imenso complexo no centro da cidade com praça e ruas internas, que comercializa produtos agrícolas e alimentos. Chama atenção o enorme estoque de cachaça em grandes toneis catalogados de acordo com os anos de maturação. É oferecido ao visitante um momento de contemplação em um espaço especial ouvindo-se um dos concertos de As Quatro Estações de Vivaldi. No complexo oferece-se aos visitantes a degustação da cachaça como uma bebida nobre.

A comitiva foi recebida por Ana Cláudia Batista da Silva, secretaria de Cultura e Meio Ambiente de Januária, ocasião em que tomou conhecimento dos programas culturais e turísticos realizados em Januária, que têm atraído grande número de turistas de todas as partes do país e estrangeiros que têm um atrativo especial: as Cavernas do Peruaçu, Patrimônio Natural da Humanidade.

Segundo o secretário João Herbber muitas ações deverão ser desenvolvidas pela Secretaria de Cultura de São Francisco na implantação de projetos culturais e turísticos como consequência da visita à Januária. O secretário lembra que o município de São Francisco tem o mesmo potencial cultural de Januária carecendo, contudo de exploração e divulgação sistemática. O mesmo pensamento foi manifestado por sua equipe.




sábado, 9 de agosto de 2025

PRESENÇA DO ESCRITOR – EVALDO BALBINO

 


O Grupo dos Poetas de São Francisco apresentou o escritor Evaldo Balbino aos são-franciscanos estabelecendo, assim, uma linha de comunicação enriquecedora para o grupo no desenvolvimento do seu trabalho literário. A iniciativa foi do presidente Joaquim Meira e da professora Generosa que, desta forma, levaram além de nossas fronteiras o trabalho dos poetas de São Francisco, um movimento que cresce e que deve despertar o interesse pela literatura, especialmente pela poesia. Assim, o laço com o escritor Evaldo Balbino é muito enriquecedor e tantos são os motivos. Um se deve ao fato de sua ligação com nossa região através da Unimontes, tendo desenvolvido trabalho cultural em Pintópolis e Urucuia, tornando-se conhecedor da nossa região. Quanto aos poetas do grupo é uma oportunidade estender seu conhecimento literário no contato com Evaldo, pois que extensa é a sua obra. À guisa de informação: ele é licenciado em Letras, mestre em Literatura Brasileira e doutor em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde é professor de Português e Literatura e pesquisador em estudos literários. Realizou Pós-doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo (USP) em 2017. Recebeu 26 prêmios literários nacionais e internacionais, publica crônicas, poemas, contos, artigos e ensaios de crítica literária em antologias, suplementos literários, jornais e revistas acadêmicas. Participa de 23 antologias pelo Brasil e de uma em francês. Assina, desde 2009, a coluna “Retalhos Literários” do Jornal das Lajes  e também publica crônicas e poemas no jornal literário Lingua. Publicou 18 obras e teve participação em 22 antologias. No seu currículo consta o recebimento de diversos prêmios e menções literárias. Recentemente ele foi empossado membro do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais.

AGOSTO

 


O mês de agosto é prenúncio da Primavera. A natureza ainda está em dormência. As árvores estão desfolhadas e as que as suportam algumas folhas, tem-nas marronzadas, retorcidas e ressequidas e as flores são raras. Eis que, sem dar aviso algumas espécies vão se adiantando nas vestimentas primaveris e nisso acabam se dando bem, notadas naquele contraste vivaz com o triste cinzento. Isso tenho visto, por andanças pelo cerrado na inflorescência do ipê, árvore símbolo do Brasil. Na orla do São Francisco acompanho em caminhar distraído as transformações manifestadas. Sempre estou de olho no tamboril no ano todo. No final de julho ele está desfolhado sustentando apenas as sementes aguardando o momento de caírem. Nada nadinha de verde senão ramos de teimosas ervas de passarinho. Surpreendendo-me com as prenunciadas. Algumas plantas são mais sensíveis às umidades profundas, ainda que não se sinalize chuva no céu. Veios d´água devem furar bloqueios de pedras, barro ou tauá procurando caminhos e, com isso saciando raízes mais profundas. Então, é o que se vê: o pajeú, árvore de beira de rio, sempre ali pregada nas barrancas, testemunha de grandes enchentes e terríveis secas, se vestindo de florada. De buquês verdes primeiro e depois passando ao vermelho – flores às pencas cobrindo toda a fronde das árvores. É um topete escarlate refletido nas águas do rio, nesta época tão cristalinas. Um pouco afastadas das barrancas, mas ali na orla, a caraibinha se arrebenta em flores brancas, mimosas e docemente perfumadas. Soltas aqui e acolá, mais próximas do balaustre sobem moitas de algodão manso. É uma plantinha tão comum na catanduva, nas matas secas, muito mais em terrenos de pedreiras e de solos áridos, de pouca água, que poucos dão ligança para ela tendo-a como sem serventia. Mas tem: a de servir de brinquedo para as crianças explodindo, com os dedos, seus botões brancos, em formas de esferas ocas.  E o que têm elas, então, para merecer uma atenção, agora? As flores, tão delicadas e desenhadas. Formam pequenos buquês e quando se abrem aprecia-se a engenhosidade de traços coloridos. É prenúncio da Primavera.  

É preciso tanta tristeza assim para sentir o rebentar da vida, que nos oferece a natureza quando chega a Primavera. É preciso o cinza para festejar o verde lustroso e o colorido de tantas e tantas flores que se abrem. 

Eu queria ser como o tamboril. No inverno ele se mostra seco, enrugado, cascas eriçadas, cinzentas, um quase morto. Vem chegando a Primavera, ele  solta  pequeninas folhas – uma, duas, e tantas outras, quase transparentes, translúcidas. Depois, mais aglomeradas, como um manto verde, forram a fronde da árvore. 

Eu, ao contrário,  a cada Inverno vou perdendo o vigor, que não se renova com a chegada da Primavera... Vou me acinzentando, descendo o rio abaixo.

O QUE SE PERDEU NO TEMPO

 


Ramatis fez uma descrição da cidade de Nazaré do tempo de Maria e José, onde Jesus passou a vida antes de partir para a sua missão salvítica. Um cenário que suscita reflexão quanto ao modo de vida e o relacionamento social da época paragonando com os tempos atuais. Ele fez uma descrição minuciosa da cidade então com 2 mil habitantes. Apesar da aparente pobreza, ela se revestia de valores sociais que comparada com o que se tem atualmente em muitas cidades brasileiras é observa-se uma espantosa disparidade. Em alguns aspectos remete-se a São Francisco de antanho, na cidade e no meio rural: “Ao redor da cidade de Nazaré, formando caprichoso cinturão, esparramavam-se as casas de madeira de lei, construídas principalmente de cedro do Líbano que se misturavam  às cabanas bem feitas e às palhoças de barro batido, cobertas com folhas de palmeiras”.  

E descreve a impressionante fartura e variedade de alimentos que disponibilizados aos caravaneiros: “As hospedarias, embora remuneradas, eram acessíveis ao bolso de todos os viadantes, pois a qualquer hora os retardatários encontram bom caldo de peixe, sopa suculenta de hortaliças com muito alho e cebola, carne assada, farinha cheirosa para pirão de peixe seco ou salgado, pão de trigo ou centeio, fresco e saboroso, além das travessas com a fartura de saladas de legumes regados com o melhor azeite do lugar. Sobre as mesas, a bilha de vinho exalava o odor da uva madura: à sobremesa em geral, havia figos melosos e macios, pêssegos aveludados ou tâmara de Jericó”.

Descreve a riqueza do artesanato e ofícios “Os viajores também encontravam, junto à estrada, o seleiro para ajustar os arreios, a o ferreiro para ferrar os animais, o carpinteiro para consertar as charruas e outras viaturas. Havia também pequenas indústrias e artesanato, que vendiam pás, enxadas, ancinhos, cochos e mós para a moeda de trigo; ripas, sarrafos e tábuas para a construção; bilhas, odres vasos e apetrechos de cerâmica, feitos com arte e gosto. Era fácil encontrar o tecelão, cuja família inteira o ajudava entre o pó dos teares fazendo desde o pano simples para o lençol, ou de ramagem para a túnica ou veste, o tapete pequeno para a entrada, ou o toldo berrante para a cobertura de mercadorias ou proteção contra o sol”.

Tal riqueza, sem dúvida, implica em ação, ou seja, em trabalho – individual ou familiar. O que em tempos não muito remotos era comum em São Francisco, basta lembrar a atividade do mercado e a grande produção de alimentos produzidos no meio rural. Hoje tudo se tornou impossível, pois o trabalho foi renegado a segundo, terceiro ou mais planos se há a muleta social.

E conclui Ramatis: “Assim era a província de Nazaré, com o seu cenário encantador e buliçoso, que depois serviria para hospedar o mais excelso dos hóspedes – Jesus, o Sublime Peregrino”.

CURSO DE LETRAS DA UNIMONTES EM SÃO FRANCISCO

 


Uma notícia muito importante foi dada às populações são-franciscana e de municípios vizinhos: a implantação do curso de Letras no Campus da UNIMONETES de São Francisco. Sem dúvida, um salto formidável no campo da educação e da elevação no nível cultural da população são-franciscana. Trata-se de um novo momento da história da Unimontes em São Francisco. Depois de mais 20 anos de existência do campus, quando foram instalados em 2003 os cursos de História e Matemática, o departamento de História encerrou as atividades em São Francisco. Para substituir o curso de história, houve um empenho do coordenador do campus, prof. Roberto Mendes, dos acadêmicos do campus, servidores e funcionários juntos aos poderes constituídos (prefeito, secretaria de educação e gestão da Unimontes) no sentido de trazer outro curso para o campus. Após uma especulação dos cursos possíveis, o curso de Letras Português foi o escolhido como foco e objeto de luta de todos os envolvidos. Não apenas pela importância do curso, mas também pela demanda da comunidade, uma vez que ele oferece uma área carente para a cidade e região – professores de língua portuguesa, sem contar que é um curso estratégico para concursos e processos seletivos. Foi realizado pelo campus, junto à comunidade são-franciscana, um abaixo assinado com mais de duas mil assinaturas, mostrando aos poderes constituídos a demanda existente. O abaixo assinado foi entregue em mãos ao prefeito Miguel Paulo e à secretária de educação, Francine Nobre e ao departamento de Letras da Unimontes, que,  em reunião, aprovou por unanimidade a criação do curso em São Francisco. Nesse processo, reconheceu-se o empenho do reitor Wagner de Paulo Santiago no sentido da aprovação e continuidade das atividades acadêmicas no campus São Francisco, eliminando a ideia de que o mesmo estava em crise ou mesmo fechando suas portas. Outra importante participação foi a do  deputado Arlen Santiago. 

Atualmente o campus São Francisco disponibiliza os cursos de Matemática, com uma demanda significativa, e o curso de História. O campus São Francisco atende, ainda,  acadêmicos  de Brasília de Minas, Pintópolis e Luislândia. 

Já estão abertos os editais para os cursos de Letras e Matemática para turmas de 2026, sendo o edital do vestibular próprio da Unimontes.

Segundo o professor Roberto Mendes a “Universidade Estadual de Montes Claros acredita que o curso de letras inaugurará um novo momento para o município de São Francisco, bem como para toda região, contribuindo para o crescimento profissional de jovens e adultos, mas também para o desenvolvimento econômico da região”.

sábado, 2 de agosto de 2025

I FÓRUM DA APAE EM SÃO FRANCISCO

 



O salão de eventos da OAB de São Francisco foi literalmente tomado por representantes de vários setores da sociedade são-franciscana na manhã da sexta-feira,1º, para a realização do I Fórum da APAE no município. Um público eclético, indo de autoridades a representantes de famílias que têm atenção voltada para a atividade da APAE. Destaque para a presença do prefeito municipal Miguel Paulo, vice-prefeito Raul Pereira, Ramiro, vice-presidente da Câmara Municipal, secretários de Desenvolvimento Social, Rodrigues Teles; da Cultura, João Herbber; da Educação, Francine Mendes Nobre; da Agricultura, José Botelho Neto; representantes da OAB, da PMMG, de associações comunitárias e delegações da APAE de Montes Claros, Januária e Belo Horizonte.

Muitas foram as palavras, destacando-se a do prefeito Miguel Paulo declarando estar compromissado com o trabalho da entidade, sobretudo na busca de recursos para dar curso à sua ação.

Incisiva foi o pronunciamento do consultor jurídico da APAE, Daniel Barbosa,  que fez uma didática exposição a respeito do trabalho e da importância na APAE no contexto social ressaltando o quanto ela é importante, e necessária, na promoção e respeito de um segmento da sociedade que tem sofrido discriminação. A presidente da APAE-MG, Gláucia Barretol, fez uma preleção muito coloquial, bem próxima do público, discorrendo sobre diversas facetas do trabalho da entidade.

Um momento especial foi a entronização da fotografia do professor Silvano Rodrigues Pereira,  que dá o nome à APAE são-franciscana, pelo filho dele, professor Guilherme Barbosa Pereira que, com muita propriedade, discorreu sobre aspectos da vida do homenageado e suas ações em prol da educação e da assistência social no município. 


 COMANDO DA APAE DE SÃO FRANCISCO


Presidente – Juscélia Ribeiro Almeida; vice-presidente  – Elaine Socorro Souza; 1º diretor financeiro Eldo Fernandes Pereira; 2º tesoureiro financeiro  – José Carlos Vieira; 1ª secretária  – Maria Helena do Nascimento Ferreira; 2ª secretária  – Karina Moa Correa Martins; diretor social  – Adão Pedro Batista Jesus Aguiar e diretor de patrimônio  – Fernando Rocha Freitas; conselho administrativo: Barbara Rodrigues, Katia Guedes, Leandro Augusto Rocha, Maria de Fátima Almeida Rodrigues e Maria Mendes Ramos.. 


O QUE É A APAE


A APAE –  Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, é uma organização social que atua na atenção integral à pessoa com deficiência, com foco na deficiência intelectual e múltipla. A APAE oferece serviços de educação, saúde e assistência social, buscando promover a inclusão e garantir os direitos desse público. A entidade foi  fundada em 1954 no Rio de Janeiro e se tornou uma das maiores redes de apoio às pessoas com deficiência no Brasil, com mais de 2.200 unidades espalhadas pelo país. A associação se dedica a oferecer serviços de habilitação e reabilitação, além de promover a defesa e garantia de direitos, acessibilidade, inclusão, cultura e lazer.

Muito importante, portanto, que tenha o município de São Francisco a APAE, pois se sabe que são muitas crianças e jovens que se enquadram no campo de sua ação. Então, que a comunidade abrace a causa.

JUSTIÇA COM AMOR

 

“Os tempos terminaram! Tudo terás esquecido tudo e o tempo em que todos te estão esquecidos. Pensa que em breve não será mais nada, nem aqui, nem em lugar algum” – filosofou o imperador Marco Aurélio. Uma curta sentença que leva a uma reflexão sobre o que vem acontecendo em nosso País, onde homens se apegam ao presente esquecendo-se do passado e sem compromisso com o futuro, agindo como senhores da verdade e da justiça que, certamente, não irão a lugar algum. Ainda sobre Marco Aurélio, na apreciação de Mário da Gama Kury, de sua obra, Meditações, ele exerceu influência no Direito que viria ser a herança comum do Ocidente. E comenta que Meditações é uma obra impregnada de bondade, calma, suavidade, altruísmo e espiritualidade composta durante seu reinado pontilhado em guerras e campanhas que ocuparam praticamente seus dezenove anos de poder. Ressalta, ainda, que mesmo nas piores épocas, como por ocasião da revolta encabeçada por Avidio Cássio, ele se mostrava inalteradamente generoso e suas palavras ao Senado romano, após a derrota do conspirador, demonstraram grandeza de sua alma. Enfatiza palavras dele ao Senado, sobre o evento, “quanto à rebelião de Cássio, peço-vos, Pais Conscritos, que abandoneis qualquer ideia de severidade e salvaguardeis a minha, ou melhor, a vossa humanidade e clemência, e não permitais que uma pessoa sequer seja condenada à morte pelo Senado (...) que não sejam molestados, que sejam livres para ir e vir onde quiserem e que testemunhem entre todos os povos, por toda a parte minha benevolência e a vossa”. Superou a revolta com grandeza e ficou para a História. 

Marco Aurélio com sua atitude revelou um princípio que significa o progresso da humanidade – a lei de justiça, de amor e caridade. Diziam os espiritualistas: “Essa lei está fundada sobre a certeza do futuro; tirai essa certeza e lhe tirareis sua pedra fundamental”  

Conquanto a lição de Marco Aurélio não possa ter muita ressonância porque os ânimos em nosso País estão exaltados com o acirramento do ódio, da injustiça e, pior de tudo, com boa parte da população entregando-se a um estado de lassidão, de desânimo e até mesmo perda da fé, vale registrar. Esta conjuntura é preocupante e pode causar um grande mal aos brasileiros por longo período. Um retrocesso.

WALDEMAR E CIDA – 50 ANOS DOURADOS

 


Vem de tão longe, mas parece que o tempo não correu. Tudo teve início no mês de julho de 1975, numa manhã suave, na igreja Matriz de São José, quando Jonas Silva Leal levou sua filha Maria Auxiliadora (Cida) ao altar entregando sua mão a Waldemar Ribeiro Queiroz. Consagrou-se a união de duas famílias que têm trajetória na história de São Francisco – Queiroz e Leal.

Cinquenta anos de união de um casal que nesta longa caminhada marcou sua trajetória com ações de fortalecimento do seu amor constituindo uma belíssima família e levando seu trabalho às comunidades onde viveram e vivem – São Francisco, onde Waldemar e Cida foram professores e no Núcleo Colonial Vale do Urucuia das Escolas Caio Martins, onde Waldemar foi diretor e Cida chefe do departamento de educação.  No Urucuia e em São Francisco, o casal teve grande participação religiosa a serviço da Igreja. 

O casal constituiu uma belíssima família que importa na promoção social com quatro filhos atuando nas áreas da medicina, da justiça e na bancária. Uma grande realização de um núcleo, que demonstra o quanto é importante a constituição de uma família lastrada em bons princípios morais e religiosos. Assim, cinquenta anos de união parece ser apenas um dia. Não passou o tempo, o casal vive sempre o seu presente.

No dia 26 passado, a família Queiroz – Leal recebeu parentes e amigos em seu lar para comemorar a efeméride com a realização do culto religioso, quando os dois reafirmaram o compromisso de união com juramento e troca de alianças. Parentes das duas famílias se entrelaçaram mais uma vez, revivendo o ato de união ocorrido há cinquenta anos. E teve uma apresentação especial dos Mensageiros da Emoção contando a história do casal, revivendo momentos de sua trajetória e as músicas que foram presentes nessa trajetória de vida.

Uma alegria especial: a presença, o abraço e o carinho de dez netos, vidas que coroam esta abençoada união.