sábado, 14 de dezembro de 2024

PORQUE PLANTAR


 Anos idos, não tantos passados observa-se que em tempos hodiernos sucumbiram-se ações de civismo, de amor à natureza e regras de condutas nas escolas onde eram moldados os cidadãos para a convívio social e formação do caráter. Diariamente, antes do início das aulas, no pátio delas, assistia-se ao hasteamento da Bandeira Nacional e a execução do Hino Nacional. Comemorava-se o Dia de Tiradentes, realçando o patriotismo e o anseio de liberdade, o fanal de todos. Outra comemoração tão especial dava-se no Dia da Árvore. Todo ano eram plantadas árvores no pátio da escola e, mais do que isso, os alunos cedo desenvolviam o amor e respeito à natureza. A árvore era olhada com carinho, até mesmo como uma amiga, pois por comum, muitas delas, quando plantadas, recebiam nomes especiais e carinhosos.

O tempo foi passando... passando e estes valores cívicos foram para os escaninhos dos acontecidos substituídos por outros valores (?) duvidosos, que não servem à formação de um bom cidadão, caldeando o seu caráter, mas um ser desvinculado e desprovido de valores cívicos e morais.

Felizmente, aqui e ali, ainda sinaliza-se o respeito e o amor à natureza e veneração à Pátria. No caso da árvore, um fato especial serve como registro, para demonstrar o que pode oferecer a natureza quando tratada com respeito e carinho. A mocinha Sara Romão Rodrigues, filha de Ricardo Rodrigues Pereira e Márcia Souza Romão, estudante da EM Paulo Freire, quando criança, plantou uma árvore em um jardim. Tinha no rosto um sorriso feliz, prazeroso. O tempo passou... passou. Hoje, mocinha, ela reencontrou-se com a árvore que além da sombra dadivosa orna o jardim com suas flores coloridas – flamboyant.

Outro fato: a participação dos alunos da Escola Cívico Militar José D´Ávila Pinto no desfile de Sete de Setembro com tanta altivez e garbo levou o público mais antigo aos grandes desfiles da cidade quando despertavam fulgor cívico os alunos da Escola Caio Martins e do Ginásio (tempo ido) e, recentemente, na abertura da Audiência Pública do Trânsito, quando da execução do Hino Nacional com a participação de um grupo de alunos  desta escola. Há muitos anos, muitos mesmo, não se ouvia tanto fervor cívico e tanta alegria no cantar... emocionante.

Uma volta ao passado de ações que, para o bem de São Francisco e do país, deveriam ser revividas nas escolas. Não custa nada!




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