Na quinta-feira 19, a igrejinha de São Félix, em reforma, foi palco de uma Roda de Conversa sobre Patrimônio Histórico – Construir e Preservar. A pequena nave da histórica igreja ganhou vida nova com a presença de muitas pessoas para participar dela tendo como tema o processo da sua reforma da igreja. Como se sabe, ela está sendo reformada graças à iniciativa da família Nunes Caetano que, em um encontro, suscitou a importância histórica desta igreja lamentando o seu estado de abandono. Foi o primeiro passo chegando-se, depois, à ação da reforma da igreja, que é do conhecimento da comunidade.
Na abertura do encontro, Anna Paola Nunes Corrêa de Freitas, reportou-se aos fatos que levaram à iniciativa de reformar a igreja em vista de sua importância religiosa e sentimental. Após a exposição ela passou a palavra à Julyene Alkimim, arquiteta responsável pelo projeto da reforma. Em sua exposição ela destacou vários aspecto do processo de Preservação e Restauro da Igreja São Félix. Recorreu à antropóloga e cientista política Eunice Ribeiro Burham para lembrar que o homem é um animal que construiu, através de sistema simbólicos um ambiente artificial no qual vive e o qual está continuamente transformando. Situou a igrejinha no contexto de patrimônio – bem de família, herança, legado que recebemos de nossos antepassados. Acentuou o que dispõe o IEPHA sobre o patrimônio histórico: “O bem cultural protegido encontra-se sob um regime especial de tutela pelo Estado, uma vez que a ele pode ser atribuído um valor social”. Ressaltou que igual proteção é dada pelo IPHAN – “Qualquer ação em benefício do bem cultural na área de identificação, proteção, conservação e promoção”. Fez considerações a respeito da restauração e da reforma e por fim estabeleceu uma linha do tempo da existência da igrejinha.
A historiadora e chefe do departamento do patrimônio histórico da Secretaria municipal de Cultura, Gesilda Paraizo, mediadora da Roda, discorreu sobre o processo que deflagrou a reforma da igreja ressaltando a importância da iniciativa. Fez um retrospecto da situação da igreja no tempo, sobre as pequenas reformas feitas por particulares e pelo padre Vicente, chegando-se ao abandono total, e, por fim, teceu comentários sobre o movimento da reforma, que acompanhou passo a passo.
Foi franqueada a palavra aos presentes visando resgatar a história da igreja para estabelecer a sua identificação, posto que muito dela foi perdido dificultando o levantamento de dados para ensejar o processo de restauração.
Usaram da palavra: Cosmo Fernando Lima, neto de Floriano Lima, dos primeiros zeladores da igreja, legado de João José Loredo que a construiu. Outros depoimentos: Jefferson Felizardo, José Geraldo, dr. Max Lisboa, Janete – todos levantando fatos ligados à história da Igreja. João Naves frisou a importância da recuperação daquele precioso bem histórico como ponto de partida para outras iniciativas da sociedade na defesa do patrimônio histórico cultural do município. Por fim falou o engenheiro Daniel Fraga Carvalho, construtor responsável pela obra que, para a alegria de todos, garantiu a conclusão da reforma bem antes do prazo, possivelmente em julho de 2025.
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