sábado, 23 de março de 2024

NOSSA CIDADE: FATOS HISTÓRICOS

  Nota: Esta monografia será dividida em capítulos, 

mais curtos, para uma melhor leitura.


Igrejinha e cruzeirinho de Teodoro



EM BUSCA DAS ORIGENS – XIV

  

        A raça do brasileiro foi formada pela miscigenação por três raças  branca. Negra e vermelha, como acolhido  por diversos historiadores. Destarte, apesar de ser despiciendo pelo tanto que já foi escrito, remeto-me a um sucinto comentário a respeito da raça branca que, de certa forma  tem  certo destaque na humanidade. Rebuscando narrativas históricas atento-me a ela considerando que origina do continente europeu o povo que  deu origem ao povo que descobriu e deu início à colonização do Brasil. Passo, como ponto de partida a ascensão do Império Romano sob o prisma da sede de conquista no período que conquistava imensos territórios na Europa, estendendo sua ânsia e poder de conquista à Ásia e África – poder e riqueza, eram a inspiração. Acompanho, depois,  a expansão do  império britânico, que foi o maior na história da humanidade, chegando a dominar quase um quarto do planeta – era tanto que foi apelidado de “o império no qual o Sol nunca se põe”. Seguem os expansionismos de Portugal, Espanha, França e Bélgica em  busca de especiarias, ouro, diamante e, lamentavelmente, subjugando nativos. Essas civilizações dispondo de recursos náuticos, exército bem equipados, impulsionados pelo mercantilismo estenderam seus tentáculos em territórios da África. O problema é que esses territórios abrigavam diversas etnias e tribos diferentes, com religiões e culturas diferentes, e que eram historicamente inimigas. Isso ocasionou diversos conflitos internos e guerras civis que marcaram a história do continente e contribuíram para a pobreza da população local. Outros fatores que ocasionaram a miséria foram a retirada desenfreada de recursos naturais oriundos da mineração, como ouro e diamantes, e a caça, que esgotaram os recursos naturais em diversos locais daquele continente.

            Não estendo nesta particularidade (expancionismo, imperialismo, ganância) detenho-me em Portugal que, da Europa dos brancos é o que interessa diretamente posto ser o país que descobriu e colonizou o Brasil. Da raça que primeiro influenciou a raça brasileira, à parte do negro e do índio, tem raízes ancestrais na África, como anotou Gilberto Freyre (Casa Grande&Sensala): “Quanto ao fundo considerado autóctone de população tão movediça, uma persistente massa de dólicos morenos cuja cor a África árabe e mesmo negra, alargando de gente  sua  largos trechos da Península, mais uma vez veio avivar de pardo ou de preto. Era como se os sentisse intimamente seus por afinidades remotas apenas empalidecidas; e não os quisesse desvenecidos  sob as camadas sobrepostas de nórdicos nem transmudados pela sucessão de culturas europeizantes. Toda a invasão de celtas, germanos, romanos, normandos (...) Que tudo isso sofreu restrição ou refração num Portugal influenciado pela África, condicionado pelo clima africano, solapado pela mística sensual do islamismo.”

             O antropólogo Ferraz de Macedo definindo o tipo do português, segundo registra Gilberto Freyre, deu logo com a dificuldade fundamental: “a falta  de um tipo dinâmico determinado. O que encontrou foram hábitos, aspirações, interesses, vícios, virtudes variadíssimas e com origens diversas – étnicas, culturais.

            Eis o português colonizador, que definiu Fernando de Azevedo: “O elemento português que se fixava lentamente no Brasil, não era, o que se podia dizer,  uma raça, no sentido biológico da palavra, mas o resultado da mistura dos povos indígenas da península –os primitivos íberos –, e de raças e povos que se cruzaram em constantes migrações pela península ibérica, como os celtas, os regos, os fenícios, os romanos, os visigodos e os árabes, sem falar nos judeus...” A escassez de mulheres brancas contribuía para atiçar para atiçar as relações com as do país e a estimular a mestiçagem de brancos, índios e negros. 

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