sábado, 24 de fevereiro de 2018

ESPERANÇA RENOVADA


A secretaria municipal de Agricultura está apostando em um novo projeto para o município de São Francisco - Arranjo Produtivo de Frutas Vermelhas, que poderá ocupar uma área de até 31 mil hectares e envolvendo 500 famílias de agricultores familiares. À primeira vista parece uma proposta arrojada, colocada no plano a que se pretende alcançar. Contudo, pela exposição feita pelo secretário Cosmo e professor Luis Marques Lima, contratado pelo Chefe do executivo Municipal para implantá-lo no município, sente-se que o mesmo é exequível. É evidente, e isso ficou claro na exposição do projeto para uma platéia de produtores rurais e técnicos, que a intenção não é partir do geral, o mega projeto Pode começar até mesmo com um mero hectare. A grandiosidade foi, por vezes passadas no município, causa de grandes fracassos, como o da mamona. Por ora, trata-se apenas de uma explicação, mostrar o que pode ser possível porque possível em outras municípios, como expôs o prefeito Veim, no caso da pimenta e pepino em Varzelândia. O produtor tem que entender a proposta, aceitá-la e tratá-la como uma semente boa lançada ao solo. Pela exposição, a ideia é das melhores e, de certa forma, inovadora na região.
Espantaram e muitos ficaram sem entender o que se pretendia com um projeto de frutas vermelhas. A ideia circulada antes era a do projeto profrutas e logo muitos imaginaram que iriam plantar laranja, limão, manga, mamão ou outra fruta. Mas frutas vermelhas, o que seria isso?  Com a apresentação do projeto veio o esclarecimento e a sua importância. Não seria simplesmente produzir fruta para a mesa, tão-somente a alimentação. No fundo mesmo o que se tem na fruta vermelha é muito mais, é saúde pura. A utilização tanto pode ser na mesa - o que já é muito apreciado - ou dedicada à industrialização com fim nutracêutico, o que já se vê, em profusão e muito uso, na Europa, Ásia e América do Norte. Então, sendo bem sucedida a implantação do projeto, os ganhos serão bem maiores que o esforço, trabalho e gastos despendidos, por exemplo, na pecuária leiteira, vendendo-se um litro de leite por menos de R$ 1, tendo que trabalhar, o agricultor familiar, todos os dias do ano - dia e noite.

São detalhes que os técnicos da Emater, Epamig e Secretaria de Agricultura Municipal, envolvidos na sua implantação, devem levar aos produtores para que sejam bem esclarecidos a ponto de encarar uma nova realidade. O que importa, noutro plano, é que não haja fracasso. São Francisco não suporta mais. Chega de enganação, de atraso, de tempo perdido: mamona, amendoim, cogumelo, piscicultura, tudo isso deixa o produtor com o pé atrás e o pensamento/intenção muito longe. É preciso vingar, para que São Francisco saia do marasmo. O prefeito Veim está entusiasmado, abraçou o projeto, acredita e aposta nele, por isso trazendo a São Francisco um expert e professor gabaritado para implantá-lo. Tem, também, o esforço e empenho do secretário Cosmo e o apoio da Emater e Epamig. Tanta gente envolvida, assim, não pode errar. Não há mais como errar.

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