A
secretaria municipal de Agricultura está apostando em um novo projeto para o
município de São Francisco - Arranjo Produtivo de Frutas Vermelhas, que poderá
ocupar uma área de até 31 mil hectares e envolvendo 500 famílias de
agricultores familiares. À primeira vista parece uma proposta arrojada,
colocada no plano a que se pretende alcançar. Contudo, pela exposição feita
pelo secretário Cosmo e professor Luis Marques Lima, contratado pelo Chefe do
executivo Municipal para implantá-lo no município, sente-se que o mesmo é
exequível. É evidente, e isso ficou claro na exposição do projeto para uma
platéia de produtores rurais e técnicos, que a intenção não é partir do geral,
o mega projeto Pode começar até mesmo com um mero hectare. A grandiosidade foi,
por vezes passadas no município, causa de grandes fracassos, como o da mamona.
Por ora, trata-se apenas de uma explicação, mostrar o que pode ser possível
porque possível em outras municípios, como expôs o prefeito Veim, no caso da
pimenta e pepino em Varzelândia. O produtor tem que entender a proposta,
aceitá-la e tratá-la como uma semente boa lançada ao solo. Pela exposição, a
ideia é das melhores e, de certa forma, inovadora na região.
Espantaram
e muitos ficaram sem entender o que se pretendia com um projeto de frutas
vermelhas. A ideia circulada antes era a do projeto profrutas e logo muitos
imaginaram que iriam plantar laranja, limão, manga, mamão ou outra fruta. Mas
frutas vermelhas, o que seria isso? Com
a apresentação do projeto veio o esclarecimento e a sua importância. Não seria
simplesmente produzir fruta para a mesa, tão-somente a alimentação. No fundo
mesmo o que se tem na fruta vermelha é muito mais, é saúde pura. A utilização
tanto pode ser na mesa - o que já é muito apreciado - ou dedicada à
industrialização com fim nutracêutico, o que já se vê, em profusão e muito uso,
na Europa, Ásia e América do Norte. Então, sendo bem sucedida a implantação do
projeto, os ganhos serão bem maiores que o esforço, trabalho e gastos despendidos,
por exemplo, na pecuária leiteira, vendendo-se um litro de leite por menos de
R$ 1, tendo que trabalhar, o agricultor familiar, todos os dias do ano - dia e
noite.
São
detalhes que os técnicos da Emater, Epamig e Secretaria de Agricultura Municipal,
envolvidos na sua implantação, devem levar aos produtores para que sejam bem
esclarecidos a ponto de encarar uma nova realidade. O que importa, noutro
plano, é que não haja fracasso. São Francisco não suporta mais. Chega de
enganação, de atraso, de tempo perdido: mamona, amendoim, cogumelo,
piscicultura, tudo isso deixa o produtor com o pé atrás e o pensamento/intenção
muito longe. É preciso vingar, para que São Francisco saia do marasmo. O
prefeito Veim está entusiasmado, abraçou o projeto, acredita e aposta nele, por
isso trazendo a São Francisco um expert e professor gabaritado para
implantá-lo. Tem, também, o esforço e empenho do secretário Cosmo e o apoio da
Emater e Epamig. Tanta gente envolvida, assim, não pode errar. Não há mais como
errar.
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