sábado, 15 de novembro de 2025

REALIZAÇÃO DE UM SONHO

 


Na avenida Oscar Caetano Gomes um pequeno prédio se destaca desde o mês de janeiro deste ano ostentando no frontispício o nome: Clínica dos Olhos Alto São Francisco. É mais que simplesmente mais uma clínica, a história desse empreendimento revela muito mais: a realização do sonho da jovem empresária Naiane Cordeiro Oliveira. À frente de uma ótica, no contato constante com clientes ela percebeu como para eles, alguns da zona rural, era precário o atendimento oftalmológico e o acompanhamento em casos de emergências. Aquela vivência, que lhe causava preocupação, a levou realizar um projeto ousado – e põe ousado nisso – construir uma clínica ótica onde pudesse proporcionar um atendimento diário, facilitado e prático às pessoas que dependem de acesso a oftalmologista. Construiu um pequeno prédio para instalar a clínica muito prático, desde o recebimento ao atendimento dos.  Depois, a aquisição dos equipamentos:  oftalmoscópio (para visualizar o fundo do olho), a lâmpada de fenda (para examinar as partes anteriores do olho com alta ampliação), o tonômetro (para medir a pressão ocular) e o autorrefrator (para medir o grau do olho). Prédio e aparelhos não foi tudo. Naiane conseguiu reunir oftalmologistas altamente qualificada, que atendem em Montes Claros e Belo Horizonte. Destarte, tornou possível à clínica agendar atendimento de segunda a sexta-feira. Um detalhe: o atendimento diário do oftalmologista é importante no caso de ocorrência de acidentes oculares como ocorrência de corpos estranhos nos olhos decorrente de acidentes de trabalho e outros. 

Corpo de oftalmologistas: Dr. Juliano Maia, Marden Azevedo, Lucas Veloso e Thiago Bassi. Dr. Juliano tem uma relação familiar com São Francisco, ele é neto do casal José D´Àvila Pinto e Jandira de Souza Pinto. Belo Horizonte tem consultório próprio, atende no Hospital Felício Roxo e em Montes Claros. Em São Francisco, ele faz um atendimento mensal por desprendimento pessoal em benefício da comunidade. A clínica é gerenciada por Leiliane Rocha Neves que, ao mesmo tempo, cuida dos procedimentos que antecedem o atendimento do profissional.

O desprendimento da jovem Naiane mais que um espírito empreendedor, é um exemplo de tenacidade, de trabalho, tudo refletindo em benefício da população são-franciscana.

CONSCIÊNCIA NEGRA

 





No dia 20 de novembro, feriado nacional, celebra-se a importância da cultura e luta do povo negro contra o racismo e a opressão. É oportuno que se faça uma revisão sobre a história do negro no Brasil e, consequentemente, ao fio da nossa etnia. Então, somos levados a ultrapassar a antropologia detendo-nos em um aspecto singular, o que certamente mais fala do negro em nossa formação: à sua personalidade e à sua alma. Isto pode ser visto no fantástico livro MÃE ÁFRICA de Fidêncio Maciel de Freitas, que nos leva a mergulhar na África onde ele viveu na República Camarões por mais de quatro anos como diretor de uma grande construtora brasileira. Interessado apaixonadamente pela África, escreveu o livro revelando religiões, crenças e costumes africanos com singularidade e honestidade – uma obra apaixonante de imenso valor histórico e cultural.

Na apresentação do livro, ele delineia o seu conteúdo fundamental: “Nada mais ultrapassado do que discutir superioridades raciais. Os homens são iguais, embora as culturas sejam diferentes. Usando uma linguagem moderna podemos dizer que o homem é uma máquina viva, dotada de um computador. E o que diferencia um indivíduo do outro não é a máquina, nem o computador, mas o software instalado em cada um. Este software é a cultura da pessoa, no seu sentido mais amplo. Acrescente-se a esta definição materialista o sopro de Deus, já que o homem é um ser religioso, mesmo que, às vezes, possa não aceitar esse fato”. Ele cita Gilberto Freyre (Casa Grande & Senzala) uma verdadeira ode referencial à nossa etnia:  “Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo (...), a sombra, ou pelo menos a pinta do indígena ou do negro (...) A influência direta, ou vaga e remota do africano. Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera da vida trazemos quase todos a marca da influência negra da escrava ou sinhama que nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolo de comida. Da negra velha que nos contou as primeiras histórias de bicho e de mal-assombrado. Da mulata que nos tirou o primeiro bicho de pé de uma coceira boa, da que nos iniciou no amor físico e nos transmitiu, ao ranger da cama-de-vento, a primeira sensação completa de homem, do moleque que foi o nosso primeiro companheiro de brinquedo”.

Tudo resumido não há de se negar, nem estender polêmicas, somos uma nação com uma bela mescla: branco, negro e índio. E Deus seja louvado!


A ÁFRICA – II

Ao ensejo da comemoração da Consciência Negra, que implica num conceito que a todos interessa pela formação do povo brasileiro, vamos dar um giro ao grande continente africano.  

Na África, onde ficou a alma do negro? Nas savanas, florestas, rios, lagos, vales, animais, choças, instrumentos de caça e de trabalho, nos cantos e ritos livres, na voz da natureza, no murmurejar dos rios e fragmentar de cachoeiras, nos perfumes inebriantes da flora e tudo resumido no espírito coletivo: homem – terra na liberdade plena do seu assentamento milenar na Terra-Mãe. Ah! África milenar! África do Kilimanjaro de pico nevado beijando o céu, das cataratas da Vitória cavando abismos, dos lagos alimentando veios d´água, que serpenteiam suas extensas planícies. África milenar que na travessia da história traça os fios da civilização na estrutura de Lucy.  Do ouro, do diamante, do marfim, objetos da cobiça de homens que, não satisfeitos em usufruir e usurpar seus bens naturais foram além, quiseram o homem dele fazendo seu escravo ou objeto de riqueza no comércio humano. Alex  Haley em tintas vivas e marcantes pela ignomínia, no livro RAÍZES, descreve com realismo a escravidão, o desenlace extraordinário de tudo que naturalmente existia, a posse vital, que ao negro foi roubado arrancando-o da sua terra. Roubaram-lhe a Mãe-África e o levaram a um mundo que lhe era estranho em todos os sentidos. Contudo, como dádiva para a nova nação, da Mãe-África ele trouxe traços de sua alma base de uma nova raça. Por curiosidade, um são-franciscano quis conhecer a sua ancestralidade e para isto recorreu ao laboratório Genera fazendo o teste de ancestralidade genética e como resultado, ainda que considerado branco, teve como resultado que seu DNA procedeu de diversas regiões da África, concluiu, como Fidêncio, que a cor da pele não significa nada, pode ser a “máquina”, mas não o software.

São tantas as histórias, romances, poesias e músicas que buscam descrever a sanha do negro arrancado de sua terra-mãe, que com seu o trabalho, a sua arte e a sua alma, transformou-se em uma agente na criação de novas nações. Encontramos na literatura pátria registros do grito lancinante de revolta de autores diante de tão aviltante ignomínia, dentre eles Castro Alves em dois plangentes poemas: Vozes da África e Navio Negreiros, que em tempos idos eram declamados nas escolas primárias despertando nas crianças o conhecimento da etnia brasileira. Melhor, muito melhor, que o estardalhaço que se vê nos dias atuais sem sequer dar conhecimento daquilo que é mais importante para nossa nação: o que somos!

sábado, 8 de novembro de 2025

EE DR TARCÍSIO GENEROSO HOMENAGEIA PROFESSORES

 


A E.E. Dr. Tarcísio Generoso promoveu no sábado 8 o Programa Minas com Todos: acolher para avançar. O evento aconteceu no auditório do Colégio Pentágono com a presença dos diretores, professores e servidores do estabelecimento.

A abertura do evento foi feita pela vice-diretora, Vilma Beatriz, e diretor Antônio Marcos, manifestando a satisfação e alegria de contar com o trabalho tão dedicado e produtivo do corpo docente e servidores. Participação especial foi a palestra do professor João Naves, exaltando a importância do papel do educador na construção de uma sociedade melhor e na grandeza da pátria.

Participação especial, ressaltando o papel do educador: Mensageiros da Emoção.


Confraternização


Após o programa, a escola promoveu um momento de confraternização entre a direção, professores e familiares. Foi um momento de grande alegria.

terça-feira, 4 de novembro de 2025

CULTO AOS MORTOS


A História revela fatos demonstrando o respeito e veneração aos mortos passando pelo Egito, Índia, Grécia, México, Peru, entre tantos outros países. Segundo Fustel de Ccoulanges “os mortos eram tido como entes sagrados. Os antigos davam-lhe epítetos mais respeitosos que podiam encontrar em seu vocabulário; chamavam-lhes de bons, santos, bem-aventurados (...) os túmulos eram templos destas divindades. Por isso tinham a inscrição sacramental Dis Manibus (Deus, dê-me mãos). Diante do túmulo havia um altar para os sacrifícios igual ao que há em frente dos templos dos deuses”.

O que é visto atualmente difere um pouco do culto que os antigos reservavam aos seus mortos, mas preserva-se o sentimento, o que se observa nas manifestações do Dia de Finados – visita aos cemitérios onde túmulos de mortos mais recentes são cuidadosamente ornamentados com flores e manifestações de saudades. Por outro lado, o que chama atenção são os túmulos mais antigos de mortos que não têm mais parentes vivos ou famílias amigas que deles pudessem cuidar. Assim, no conjunto do cemitério, no caso o da Saudade, existem muitos túmulos em ruinas totalmente esquecidos. Alguns conservam antigas lápides onde são identificadas pessoas sepultadas, que tiveram vida ativa na sociedade e que fizeram parte da história de São Francisco. Um exemplo: o túmulo de José Rodrigues Bispo e sua esposa Maria Teodora. Ele era anspeçada da Polícia Militar de Minas, destacado no Palácio da Liberdade. Ele participou da Revolução de 1930, conquanto tenha recebido medalhas de honra, nela sofreu ferimentos que comprometeram sua saúde levando-o a morte prematura. Sua esposa, dona Maria Teodora participou da história são-franciscana como afilhada de Antônio Ferreira Leite,  Presidente da Câmara Municipal de São Francisco (chefe do executivo). O túmulo do casal estava abandonado com galhos de árvores e grades de ferro cobrindo a lápide e um imenso crucifixo de Jesus (nem o Divino Mestre mereceu atenção).

A Prefeitura, através de órgão específico, deveria cuidar da preservação desses túmulos: limpeza, alguns retoques, por menores que sejam, para preservá-los e transmitir uma atitude de respeito àqueles que foram parte ativa da sociedade são-franciscana. 

SÃO FRANCISCO: 148 ANOS


No dia 5 de novembro de 1877 a Vila São José de Pedras dos Angicos foi elevada à categoria de cidade recebendo o nome de São Francisco e, com tal ato, para ela foi transferida a sede do município de São Romão. São Francisco, contudo, tem uma história mais remota, possivelmente ao ano de 1702 (não há registro da data exata), com o assentamento da gleba de Domingos do Prado e Oliveira, que recebeu o nome de Pedras de Cima, referência ao belo cais de pedras azuis onde foi plantada a fazenda que, depois receberia o nome de Pedras dos Angicos, referência ao bosque de árvores do mesmo nome existente nas proximidades do cais. Com a criação da paróquia de São José em 1876, o povoado foi elevado à categoria de Vila de São José de Pedras dos Angicos. Em o resumo da origem de São Francisco.

O tempo foi passando. Pelo caminho do rio, embarcado em vapores, chegavam as famílias (Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão e outros estados), que foram formando a sociedade da nova cidade. Outras famílias vieram pelo sertão, do núcleo fundado por Antônio Gonçalves Figueira, fundador de Montes Claros, companheiro de Matias Cardoso, pai de Januário Cardoso e tio de Domingos do Prado). Nos primeiros anos foram muitas as batalhas de combate a índios e bandoleiros e a índios rebelados no Nordeste.

Muita história passada, tantas lutas, tantas tragédias que geraram fatos marcantes, ainda que indesejáveis: Antônio Dó, Andalécio, o Barulho, que resultados da sanha política muito deletéria. São Francisco ocupava uma vasta área indo a limite com Goiás, englobando São Romão, Buritizeiro, Arinos, constituindo grande município. Vieram as emancipações: São Romão, Arinos e Buritizeiro e ainda assim, o município de São Francisco ocupava um vasto território de mais de 8.141km². Foi depois fracionado perdendo os distritos de Urucuia (que englobou Pintópolis) Serra das Araras (Chapada Gaúcha) e Icaraí de Minas. Atualmente com a área de 3.208 km², o 20º maior município do estado em extensão territorial São Francisco tem uma expressiva pecuária, com o maior rebanho bovino do Norte de Minas e grande produtor de leite. Certamente que portas se abrirão ensejando seu desenvolvimento com a ligação com o Noroeste de Minas e Brasília-DF através da ponte sobre o rio São Francisco. São novos tempos, é preciso, contudo, dar maior ênfase a sua cultura, que é muito expressiva em vários campos, uma das maiores do Norte de Minas. No caso, desponta-se o trabalho que vem realizando a Secretaria Municipal de Cultura com uma atenção muito especial para vários setores da manifestação da cultura popular e alavancando o turismo.

Há, então, motivo para comemorar os 148 anos da cidade e o desenvolvimento do município. 

terça-feira, 28 de outubro de 2025

REFLEXO DA CONSTRUÇÃO DA PONTE

 


Os são-franciscanos vivem a expectativa da construção da ponte sobre o rio São Francisco. Trata-se de um sonho acalentado há muitos anos, algumas vezes anunciada a construção com pompas para cair no esquecimento, logo depois dos períodos eleitorais, em desilusão. O governo Zema, neste ano,  reativou a esperança depois de um período de frustração com a paralisação da obra, então iniciada com festas. Neste ano o ritmo de trabalho desperta atenção e confiança. Ao mesmo tempo vê-se o avanço na pavimentação de trecho da rodovia MG 402, São Francisco – Pintópolis, que possibilitará a ligação do município a Brasília-DF e diversos municípios do Noroeste de Minas.

Interessante observar – o que passa despercebido em diversos setores da comunidade – é o reflexo da construção fora do município. Há um interesse de empresários com os olhos no futuro, o que poderá mudar o cenário de São Francisco em diversas áreas. Chama atenção, em primeiro plano, os projetos de construção de hotéis na cidade, que poderão cobrir uma lacuna muito grande no sistema de hospedagem com qualidade. Isso é importante quanto ao acolhimento confortável que poderá ser ofertado a viajantes e turistas (para quem não conhece, tem o exemplo de um hotel de meio de viagem localizado em Buenópolis – sabe-se de viajantes que amenizam o tempo de viagem, que vindo de Belo Horizonte, pousam naquela cidade. Tal pode acontecer com São Francisco que estará na rota de ligação do Nordeste com a Capital Federal. Estão sendo anunciadas as construções de três modernos hotéis na área próxima das barrancas do São Francisco. 

Outro fato que não pode passar despercebido foi a visita do empresário Pedro Lourenço de Oliveira, também conhecido como “Pedrinho BH” que está por trás do Supermercados BH, além de ser o dono da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro. Ele visitou  o supermercado que tem na cidade, mantendo encontro com o prefeito Miguel Paulo. Como grande empreendedor que é, com ampla visão. Certamente a construção da ponte que ligará o Nordeste a Brasília não lhe passa despercebido.

São sinais externos. E aqui no município, o que se faz a respeito? Em alguns setores da comunidade já vem sendo debatida a situação, sobretudo quanto ao anel rodoviário colocando em apreciação o risco do acesso à ponte ser através de via urbana, a avenida Perimetral Oscar Caetano Júnior como se propala até mesmo em meios oficiais.

Trata-se de uma questão que deve ser discutida e debatida pela Câmara Municipal e com a sociedade, pois há detalhes importantes que devem ser observados anteriormente para que não se possa lamentar no futuro quanto ao que se tornar inconveniente. 

CINE CANOAS

 


No dia 4, às nove horas, a Cine Canoas Produções Ltda. apresentará ao público o projeto de “Reparos Emergenciais do prédio do antigo Cine Canoas”, executado com recursos oriundos da Lei Paulo Gustavo via Estado de Minas Gerais. Segundo Tom, que está à frente do projeto, o “evento visa apresentar as melhorias de reformas realizadas no espaço Cine Canoas” com um olhar na utilização dele pela sociedade em múltiplos eventos, tendo como objetivo final a instalação da sala de exibições cinematográficas.