sábado, 27 de setembro de 2025

CASA DA MEMÓRIA

 

A ONG Preservar tem procurado criar em São Francisco, como se vê em cidades vizinhas, a Casa da Memória/Museu. Tempos idos, por pouco não logrou o intento criando um museu na casa dos Cassi – localizada na rua João Mainart, defronte a Secretaria de Desenvolvimento Social –  que é parte da história de São Francisco. Conseguiu, de representantes da família Cassi, a doação do imóvel dependendo de providências por parte do Executivo Municipal. A resposta dada pelo prefeito da época foi como uma pá de cal – não demonstrou interesse. Não deu certo, mas a ideia, como boa semente, não morreu. Neste ano a Ong retomou o projeto vendo no prédio da antiga Cadeia Pública a oportunidade da criação da Casa da Memória/Museu e Cultura. Apresentou o projeto ao prefeito Miguel Paulo tendo imediato apoio com a assinatura de um contrato de comodato transferindo o prédio à ONG.

Imediatamente providências foram tomadas pela ONG sendo a imediata a elaboração do projeto arquitetônico da reforma e adequação do prédio ao fim proposto. Entrou em cena o arquiteto Francis D´Ávila de Souza Soares (NINO), membro da ONG, que concluiu um detalhado e muito bonito projeto. Com o projeto às mãos, o presidente da ONG, Diovani Rene Costa, o encaminhou, através do vice-prefeito Raul Madeira, a um deputado solicitando a disponibilização de recursos via emenda parlamentar para implementá-lo. O projeto contempla, ainda, a estandes para instalação de artesãos – oficinas e exposições. Uma iniciativa interessante e importante, pois São Francisco tem grande número de artesãos, que, no entanto, encontram-se espalhados em diversos pontos da cidade sem qualquer publicidade. Destarte, os visitantes que passam por São Francisco raramente levam lembranças   com manifestação de sua cultura que é riquíssima.

Como museu reproduzirá capítulos da história de São Francisco, a começar pelo próprio prédio, que foi palco de acontecimentos marcantes como o rastilho da criação do mito Antônio Dó e outras personalidades de uma época conturbada.

Nesta página serão apresentados alguns detalhes do projeto elaborado pelo Nino para que os são-franciscanos possam acompanhar a realização de tão importante iniciativa da Ong Preservar e do prefeito Miguel Paulo.





CINE CANOAS

 

Depois de 40 anos de abandono o prédio do Cine Canoas ressurge com toda sua imponência na praça Centenário. De um prédio caindo aos pedaços, sendo destruído pelo tempo sem qualquer iniciativa para recuperá-lo, representando uma visão do total desprezo por um patrimônio histórico, outra história está sendo escrita.  O prédio toma outro aspecto, já embeleza o conjunto da praça (que também, em outros aspectos, merece uma maior atenção). Graças a iniciativa da Associação Cultural Cine Canoas tendo à frente Elivelton Tomaz (Tom) que tomou como empreitada a reativação do prédio como espaço cultural e de diversão. O primeiro passo foi conseguir o apoio do prefeito Miguel Paulo que possibilitou ao Tom buscar recursos através da Plataforma Semente do Ministério Público que, liberado, possibilitou a implementação das seguintes etapas: pintura externa do prédio, reboco de paredes deterioradas, correção do teto com assentamento de calhas e tubos.

Próxima etapa: refazer o sistema elétrico, construir o forro e sanitários. Outra etapa: montar um palco e assentar cadeiras. Final: adquirir o equipamento para reativar o cinema.

Proposta de uso em primeiro momento: teatro, shows musicais, sala de conferências. Não está longe, se contar com apoio do Poder Público e da sociedade, pois a verba liberada pela Plataforma Semente já foi totalmente aplicada. Então é importante um esforço comum tendo-se em conta o quanto o Canoas poderá oferecer ao público. Parte da sociedade, de tempos passados, conheceu como a sua função artística, cultural e social era importante para os são-franciscanos. Além das sessões cinematográficas, assistia-se, nele, apresentações de conjuntos musicais e cantores solos de repercussões regional e nacional (Raízes, Agrestes, Altemar Dutra e outros) e o show de calouros promovido pelo empresário Helvécio Mendes – uma alegria nas manhãs domingueiras para a meninada.

Uma só pessoa conseguiu tanto. Quanto mais conseguirá se a sociedade colaborar com a complementação do projeto, especialmente a classe empresarial do município. Assim, seria motivo de orgulho para todos, a recuperação de tão significativo prédio histórico, cultural, social e artístico.

sábado, 20 de setembro de 2025

DIA DA ÁRVORE

 

Tempos idos, ainda quando não se falava em desmatamento, destruição do cerrado; quando se cantava a formosura de nossas matas, era a árvore reverenciada como um grande bem da vida. O dia 21 de setembro era uma data especial com programas especiais nas escolas – canção, poesias e plantios. Não se tratava apenas de plantar uma árvore, mas de acompanhar o crescimento dela, identificando-se com ela.

Tempos atuais: devastação geral das matas, cerrados e até na cidade. Ela, contudo resiste, mesmo sem reverências, aí estão a nos servir, alegrar nossa vida e nos despertar sentimentos. 

Vejam nas duas fotos de Guilherme Barbosa, que ilustram esta página, com um solitário ipê transforma o cenário de uma avenida e a admiração de três adolescentes criando um quadro de rara beleza. 

Indo um pouco além, sabendo-se que a árvore faz parte de nossa vida, de bom ao vitre seria saber o que elas sentem e como se comunicam. Isso encontramos no livro A vida secreta das árvores de Peter Wohlleben. Trata-se das descobertas de um mundo oculto, do qual se fala o seguinte: “Nos último anos a ciência tem comprovado que as árvores e o homem têm muito mais em comum do que poderíamos imaginar. Assim como nós, elas se comunicam, mantêm relacionamentos, formam famílias, cuidam dos doentes e dos filhos, têm memória, defendem-se de agressores e competem ferozmente com outras espécie – às vezes, até com outras árvores da mesma espécie. Algumas são naturalmente solitárias, enquanto outras só conseguem viver plenamente se fizeram parte de uma comunidade. E, assim como nós, cada uma de adapta melhor a determinado ambiente”.

ATENÇÃO VOLTADA PARA O TURISMO

 


Alair Mendes, gerente de convênios da administração municipal, levou à apreciação do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico Cultural, em reunião realizada na terça-feira 16,  a notícia da dotação de uma emenda parlamentar que tem como objeto a adequação e modernização de infraestrutura turística na orla do rio São Francisco na cidade, no valor de R$ 624mil. Na mesma reunião apresentou o projeto, elaborado por técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura expondo a proposta,  os objetivos e as diretrizes do programa. O projeto de adequação e modernização de infraestrutura turística na orla do rio São Francisco contribuirá para desenvolver o turismo no município de São Francisco e na região tendo como finalidade a revitalização da infraestrutura urbana, com melhorias da orla no antigo cais da cidade que atrairá moradores do município e de turistas de municípios vizinhos. Adianta, ainda que o problema a ser resolvido serão as melhorias da infraestrutura turística na orla do rio São Francisco: reforma das rampas de acesso ao cais, adequação e modernização da área no entorno da orla: rampas de acesso ao embarque de passageiros em barcos, construção de sanitários públicos, melhorias na iluminação, paisagismo no mural do paredão. 

Concluiu Alair que os resultados esperados são a adequação e a modernização de infraestrutura turística na orla do rio resgatará e desenvolverá o turismo na cidade de São Francisco, pois a orla do rio São Francisco se consolidará como atrativo turístico mais importante da cidade e voltará a ser um ponto de realização de eventos turísticos diversos como: feiras culturais regionais, festas sociais, festivais folclóricos de abrangência regional que atraem muitos turistas para o município, pois atenderá também aos municípios vizinhos.

Em exame preliminar conselheiros e técnicas da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Gesilda Paraizo e Daniela Spina, enalteceram a iniciativa e teceram comentários a respeito de alguns itens referentes à preservação do secular patrimônio recomendando algumas adequações que serão feitas pela equipe de técnicos da Secretaria de Infraestrutura.  

sábado, 13 de setembro de 2025

ANTÔNIO DÓ E O SERTÃO

 


O fotógrafo Flávio Souza Cruz conhecendo o sertão de Guimarães Rosa na sua passagem por São Francisco e Januária, tomou tento da história de Antônio Dó, que partindo de São Francisco agitou o Norte, o Noroeste e municípios de Goiás e Bahia nos princípios do século XX. Durante muitos anos ele combateu e foi combatido por forças milicianas; tinha a guarida de grandes fazendeiros e outros ele assombrava com seu bando. Na tentativa de extinguir o seu bando o governo do Estado formou dezenas de forças de milicianos levando-se a entreveros e mais entreveros com mortes de parte a parte e nunca Antônio Dó foi vencido. Velho, sucumbiu-se a golpes de mão de pilão perpetrado, à traição por um de seus capangas. 

Saul Martins, Manoel Ambrósio, Brasiliano Braz e Petrônio Braz escreveram sobre a saga do bandoleiro, retratando a sua triste e terrível trajetória. Recentemente foi noticiada a filmagem sobre ele baseada no livro de Petrônio Braz, Serrano de Pilão Arcado. Ficou nisso.

A saga de Antônio Dó aproxima-se à de Lampião, mas não a repercussão, observou o fotógrafo Flávio Souza Cruz, que aventou destacar a figura de Antônio Dó como um vulto da história de São Francisco e região, especialmente Januária e Chapada Gaúcha, que teria reflexos no turismo desses municípios.

Não se levaria em primeiro plano a pecha de um bandido, mas a uma reflexão sobre o que fez dele um contra a lei, concluindo-se que, em tais circunstâncias muito ocorreu e ocorre no mundo, inclusive no Brasil. Diz Saul Martins no seu livro Antônio Dó: “Antônio Dó era um revoltado contra o mandonismo coronelesco do sertão e perigoso adversário da política dominante, na época, em São Francisco e Januária. Dizem que ele era honrado e bom e virou mau e ficou desonesto, transformado pela funesta administração da justiça, precisamente a parte que tinha o dever de realiza-la”, Brasiliano Braz escreveu (Nos caminhos da História de São Francisco): “A questão de Antônio Dó era uma bomba de retardamento que viria (...)A situação era de extrema gravidade, eis que agora sobejavam razões para a revolta do destemido sertanejo. O roubo de todo o seu rebanho e o assassinato de seu irmão foram crimes que sensibilizaram a opinião pública. Ficaram impunes e o cálice da amargura transbordou. Eram frequentes as notícias de aliciamento de jagunços”.

A história de Antônio Dó se traduz numa antítese no sertão: ele era amado e odiado.

O assunto merece a atenção da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

FOTOGRAFIAS QUE CONTAM HISTÓRIA

 


A paixão pela fotografia não tem hora nem lugar. Ela pode ficar contida por um longo tempo, hibernando na alma, até que um dia acorda, forte e saltitante, correndo sem freios rumo ao coração. E quando lá se instala, passa a ocupar um espaço fundamental na vida de quem a acolhe. Aconteceu com muita gente, em momentos diferentes e seguindo por caminhos distintos. Com o mineiro Flávio Souza Cruz, ela surgiu com poderosa força em 2008, em meio a uma longa viagem à Europa. Perto de completar 40 anos na época, com uma carreira consolidada no meio acadêmico como professor universitário em Belo Horizonte (MG), viu sua vida mudar quando retornou ao Brasil. Queria viver de fotografia, respirar fotografia, dedicar-se com afinco a uma paixão que o dominava totalmente. Tornou-se fotógrafo profissional em 2010 e, passados 14 anos, hoje está focado em um projeto documental intitulado Sagrado Sertão de Dentro, inspirado na obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Você vai conhecer um pouco desse belo trabalho nesta edição, assim como a trajetória de Flávio Souza Cruz, que certamente será inspiradora para muitos. Boa leitura.  Sérgio Branco, diretor de redação da revista Fotografe.

Apresentando o fotógrafo Flávio Souza Cruz, registramos sua passagem por São Francisco na “Rota do Grande Sertão:Veredas” tendo percorrido 30 viagens quando aportou em São Francisco, nesta semana. Aventurou-se pelos caminhos descritos por Guimarães Rosa em sua grande obra, mergulhando na geografia e na metafísica, procurando registrar através da fotografia a cultura, o modo de vida, a beleza, os mistérios e tudo que envolve a alma do sertanejo. Na visão de suas fotografias sente-se, como vivas as pessoas retratadas colocadas, com realidade em seu ambiente de vida. 

O secretário João Hebber foi sensível ao receber Flávio destacando a historiadora Gesilda Paraizo e o músico Sérgio Ricardo para apresentar as riquezas de São Francisco para ele e isso possibilitou seu contato com muitos tipos da terra – pescadores, artesãos e quilombolas, retratando-os com arte, maestria e profunda sensibilidade. Encontrou-se com Guilherme Barbosa num giro fotográfico e visitou a redação do Portal Veredas onde, em prazerosa e muito proveitosa conversa mostrou parte de sua bela e importante obra, em fase de conclusão: Sagrado Sertão Veredas. 

As fotografias de Flávio Souza Cruz repercutem histórias. Além da plasticidade, que é de grande destaque em P&B, elas têm traços da sensibilidade do fotógrafo com o sertão, o sagrado sertão com a essência das coisas, Deus, o tempo e o espaço.

ECOS DE UM GRANDE DESFILE

 


Francine Nobre, sua equipe, diretores de estabelecimentos de ensino, professores e servidores  que se empenharam na realização desfile cívico de 7 de Setembro em São Francisco merecem muitos aplausos e reconhecimento da população são-franciscana  pela realização do evento. São Francisco viveu uma tarde/noite de intenso fervor cívico, despertando o patriotismo e o amor à Pátria no seio de crianças e jovens, o que vêm caindo no esquecimento ou, propositalmente, excluídos da vida dos brasileiros. Todas as escolas tiveram uma participação elogiável pelo garbo, pela alegria e pela apresentação de pelotões caracterizados conforme a época com detalhes que remetiam o público aos tempos idos, aos primeiros tempos do Brasil. 

Meio a tanto cuidado, no sentido tradicional, destacaram-se os Desbravadores e a EM Cívico Militar José D´Ávila Pinto na cadência remetendo-se às apresentações dos meninos da Escola Caio Martins e do GEDAM. Empenho que chamou muita atenção foi o formidável aparato do complexo da FADENORTE, que assumiu o desfile com entusiasmo, com dever cívico 

Foram três horas de muita expressão cívica, muita beleza plástica, entusiasmo e ordem de um desfile que prendeu um grande público ao longo da avenida Presidente Juscelino e Praça Centenário do início ao final. 

DESFILE DE SETE DE SETEMBRO

 


A secretaria municipal de Educação levou ao público são-franciscano um desfile cívico em comemoração à Independência do Brasil com a participação entusiasmada e muito bem organizada de estabelecimentos de ensino da rede municipal com a participação de estabelecimentos das redes estadual e particular. Com a tolerância de apenas 30 minutos foi dado início ao desfile com a composição do palanque oficial ocupado pelo prefeito Miguel Paulo, do vice-prefeito Raul Pereira, presidente da Câmara, Daniel Rocha, secretários municipais (Francine Nobre da Educação, João Hebber, da Cultura, José Botelho Neto, da Agricultura, Conceir Damião, do Meio Ambiente, Júnior Marruaz da Infraestrutura e Edilei dos Recursos Hídricos, Ten-PM Rener, vereadores e presidentes de Conselhos Municipais. O prefeito Miguel Paulo, em rápidas palavras abriu o evento destacando a importância e significado da data saudando os são-franciscanos como participantes do desfile como assistentes. O secretário João Hebber, brilhantemente, cantou o Hino Nacional e, com sua filha Jaine, o hino à cidade de São Francisco.

O tema do desfile foi muito interessante trazendo ao público diversas fases da história do Brasil desde o descobrimento, Com uma locução firme o apresentador foi chamando os participantes, conforme a era que representavam, assim formada. Abertura: Desbravadores: Período Colonial de 1500 a 1530: CEMEI Monteiro Lobato, CEMEI Raio do Sol, CEMEI nossa Senhora Aparecida, CEMEI Pedacinho do Céu e Infantil da EM Bom Menino. Com muito garbo, bem estilizadas e com muita graça, as crianças passaram pela a avenida. Período Colonial 1530 a 1822 – EM do Bom Menino, Fundamental I, EM Paulo Freire e EM São Judas Tadeu. Período Imperial  1822 a 1889 e período Republicano 1889-1930: EM do Bom Menino, fundamental II, EM Cívico Militar José D´Ávila Pinto e Colégio Pentágono. Período contemporâneo, final do século XVII aos dias atuais: Colégio Plano, Colégio Plano Kids, Colégio Plano – cursos técnicos- Colégio Fadenorte, Faculdade Fadenorte, UNIMONTES e EE Mestre Hercília.

sábado, 6 de setembro de 2025

AGENDA

 CODEMA – diretores do Codema reuniram-se com o prefeito Miguel Paulo e secretário de Meio Ambiente, Conceir, nesta semana, visando ultimar as providências no sentido de implantar a política de combate à poluição sonora de acordo com as legislações do Estado e do Município. Em primeiro momento decidiu-se convocar todos os operadores de veículos de comunicação volante que atuam na cidade – bicicletas, motos de carros dando-lhes conhecimentos das normas estabelecidas, para que obtenham licença especial para operar a atividade.


PATRIMÔNIO CULTURAL – Na quinta-feira desta semana reuniu-se o conselho do Patrimônio Cultural para capacitação dos conselheiros recentemente empossados visando o desempenhos deles nas funções do Conselho como organismo consultivo e deliberativo da administração municipal. Muitos esclarecimentos foram prestados e questões levantadas a respeito do patrimônio histórico de São Francisco.

A historiadora Gesilda Paraizo e a arquiteta Daniela Spina, da Secretaria de Cultura, discorreram sobre a relevância e as finalidades do Conselho concitando cada conselheiro a exercer, com todo empenho e perseverança, a sua função. De imediato, ficou agendado nova reunião para a próxima semana a fim de examinar e deliberar sobre diversos processos de licenças na área do patrimônio histórico.


SÃO ROMÃO – O Portal Veredas recebeu uma mensagem do procurador Jarbas Soares Jr. dando a auspiciosa notícia da construção de uma ponte sobre o rio São Francisco em São Romão. Diz a mensagem: “São Romão recebe os estudos sobre a ponte . Depois do início da obras em São Francisco e a licitação da ponte em Manga, a 3ª ponte sobre o Rio São Francisco, prevista no acordo de Brumadinho costurado pelo Poder Executivo, MP e Defensoria, começa a dar sinais de vida . Os órgãos do @governomg estão em campo fazendo as sondagens necessárias no local da futura ponte em São Romão . E a dor da tragédia vai transformando regiões e trazendo esperanças vida nova para a população sofrida com a constante seca e escassez.”

INDEPENDÊNCIA DEPENDENTE

 “Em teu seio, ó Liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte!”


Sete de Setembro é uma data histórica para o Brasil, mas pouco representando para muitos brasileiros. A data representa mais que o desligamento da colônia do jugo português. Representa a história de uma nação que se formava querendo ser parte do concerto das nações que floresciam e das já consagradas no mundo. Foi a conquista da soberania e a formação de um país independente, podendo tomar decisões políticas, econômicas e sociais. Tal desiderato, porquanto idealizado pelos construtores da nova noção, não foi fácil, exigia uma transformação social profunda que à época, mantida era a escravidão e a desigualdade que contrastava com outras independências da América Latina. Um tento positivo e cantado: conseguiu-se com um grito sem derramamento de sangue.

O Brasil seguiu o seu rumo. Lá se vão 143 anos dos laços rompidos, de colônia a uma jovem nação. Anos atravessados com grandes conquistas, grandes nomes se pontificando em todos campos – da política às ciências, da literatura à música, do labor ao esporte e no campo da produção de alimentos. Uma nação iluminada, cantada como Terra de Santa Cruz, porque abençoada, desde a sua descoberta ao avanço de sua história. O mundo, em todos rumos da Rosa dos Ventos, foram conhecendo uma Terra, que se mostrava com um futuro grandioso. Não falta muito, considerando a sua grande riqueza natural, das mais fantásticas e ricas da Terra; de sua gente de raça mesclada, um tipo novo, viril, incomum. O Brasil ganhou o mundo tremulando o pendão verde-amarelo.

Passaram-se os anos. E hoje? Ainda somos uma grande nação, porém desconhecida e pouco amada por seus filhos. Os descaminhos levando à falsas veredas que comprometem o futuro da nação, a uma política sem compromisso com a verdade, com a virtude, mas apenas agindo, em grande parte, em interesse próprio. E assim, a nação vai se distanciado do seu grito de independência, porque se detém no tempo e se vê fragmentada a sociedade. Muitas ameaças turvam o céu pátrio e tornam sombrias as expectativas de seu futuro. Ora, que se guarde um fanal expresso no Hino da Independência: “Brava gente brasileira/ Longe vá, temor servil/Ou ficar a Pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil”.

Ruflem os tambores, alteiam-se a vozes e viva o Brasil!

TRAVESSIA UMA ANÁLISE DA AUDIÊNCIA

 


O questionamento às duas empresas foi feito apenas pelos vereadores Arlen Kexedé e vereadora Gessica e por  Ana Rodrigues e Altamir. Levantaram problemas que são muito graves, sérios e de difícil solução para contemplar ou satisfazer todos. Naturalmente faltou uma manifestação maior e mais contundente por parte dos usuários, levando seus problemas e oferecendo soluções. Contudo, a iniciativa primária teve seu mérito, pois mostrou os dois lados do problema e a origem de tantos conflitos. O vereador Arlen e a vereador Gessica representaram a fala dos usuários com informações prestadas por Ana e Altamir. Por outro lado, os empresários demonstraram suas razões.  Alguns pontos de conflito foram resolvidos, em parte, como a rapidez de embarque e partida das lanchas; o embarque de caminhões com combustíveis, com a sugestão de fixar os horários embarque exclusivo. Entra aqui a Câmara Municipal visando legalizar a medida como força de lei. O caso das exclusividades merece, de fato, uma análise mais apurada, pois a benesse pode ser razoável, mas a conta quem paga é o empresário. É preciso ter um critério mais apurado com identificação legal das prioridades. Caso sério e que sempre foi preocupante é o dos banheiros públicos. É assunto para a Câmara debater com o prefeito municipal, pois é muito sério considerando o imenso constrangimento de mulheres sem um local com privacidade no caso das necessidades fisiológicas – os homens se valem do mato. Mais fácil, porém da mesma importância, é o controle da poeira no porto e nas vias de acesso com o uso de irrigação com caminhão pipa.

A audiência teve sua importância. Demonstrou a preocupação da Câmara Municipal e o espírito cooperativo dos empresários. Esqueceram-se, contudo, para dar termos ao maior dos problemas, de convidar São Pedro convencendo-O a abrir as portas do céu para que caia abundante chuva. E que haja esforço comum, de governantes e comunidade, para socorrer o São Francisco, a cada ano mais assoreado e carente de água. 

TRAVESSIA DO RIO SÃO FRANCISCO: PROBLEMAS

 


O sistema de travessia do rio São Francisco através de balsas, alvo de muitas reclamações de usuários, levou o vereador Arlen Kexedé a requerer a realização de  audiência pública na Câmara Municipal para tratar do assunto, que aconteceu na manhã do dia 5 deste mês. Presidiu a audiência o vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Ramiro Ferreira Lima, como mediador o advogado Petrônio Braz Neto, participando da mesa diretora os vereadores Arlen Kexedé e Gessica Braga, dois representantes das lanchas Moura e VJB, Iran e Luiz Carlos, respectivamente, Ten Cel Wilson, comandante da 13º Cia da PMMG e um oficial representante da Marinha Brasileira. O público presente foi muito reduzindo considerando a relevância do assunto.

O mediador acolheu os presentes e prestou informações quanto ao objetivo da audiência que, logo a seguir, foi exposto pelo vereador Arlen Kexedé. Passou-se às falas dos representantes das empresas VJB e Moura expondo questões que lhes foram levadas quanto ao funcionamento do serviço. Luiz Carlos discorreu sobre os problemas enfrentados em face do assoreamento do rio, a precariedade do único canal de navegação, de não ter encontrado outra alternativa mais razoável, tendo, no caso, feito prospecção com sonar. Discorreu sobre outros problemas secundado pelo Iran. 

Problemas mais críticos: 1.Tempo da travessia. 2. Demora dos embarques: conjugado com as partidas das lanchas ou aguardando completar a lotação. 3. As prioridades: caminhão transportando combustível (embarque exclusivo não sendo permitido o embarque de outro veículo ou passageiro; ambulância, carros de vereadores, professores e veículos da Cemig. 4. A poeira nos portos e nas vias de acesso. 5. A ausência de sanitários nos dois portos. 6. O horário de travessia.

Ponto por ponto foi esclarecido ou acatado pelos representantes das empresas em alguns casos com críticas à administração municipal quanto as tarifas defasadas há mais de 3 anos, tendo elas, em algumas ocasiões, que cobrir prejuízos extraviando recursos de outras empresas, especialmente no caso de manutenção. No item 1. Explicação dada: o assoreamento estendendo o percurso que passou de 700m para 1.990m. Item 2: de imediato foi prometido um funcionamento de embarque e largada com “bate-e-parte”. No item 3: os caminhões transportando combustível obedece lei federal, o que gera enorme prejuízo para as empresas pois em cada embarque de um deles a empresa perde o embarque de muitos veículos menores. Sugeriu Luiz Carlos que fosse fixado horário para o embarque desses caminhões e adotado um sistema de fiscalização dos veículos que gozam de isenção, pois a conta é paga pela empresa. Item 4: alegam os empresários que o serviço das empresas é no rio, a travessia, que a manutenção dos portos deve ser feita pelo Estado ou do município, que são responsáveis pelas vias. Item 5. Sanitário. Atribuíram que tal iniciativa cabe ao poder público, como no caso das rodoviárias. Item 6. refere-se à paralização do serviço que tem início às 6h, causando transtornos especialmente para professores que trabalham em área no distrito Santa Izabel. Proposta das empresas: iniciar a travessia às 5h.  Manifestação do público: apenas as palavras de Ana Almeida e Altamir Alves. Ana apresentou fatos concretos que afetam a vida de moradores do distrito de Santa Izabel.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

NOVO CONSELHO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

 


Na terça-feira 26, na Secretaria Municipal de Cultura, Patrimônio Cultural, Turismo, Esporte, Lazer e Juventude, foi empossado o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de São Francisco e realizada a eleição da diretoria para o biênio 2025/2027. Presentes:  o secretário municipal de Cultura, João Hebber Gomes de Brito e a equipe do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural – Danielle Figueiredo Spina Rocha – chefe e arquiteta e Gesilda Rodrigues Paraizo – historiadora e especialista em patrimônio histórico e memória cultural, que conduziu os trabalhos. 

O Conselho é constituído por representantes do Poder Público: Secretaria Municipal de Cultura, Patrimônio Cultural, Turismo, Esporte, Lazer e Juventude, Secretaria Municipal de Infraestrutura e Desenvolvimento e Secretaria Municipal de Administração e Finanças. Sociedade Civil: Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/São Francisco, ONG Preservar – Núcleo de Pesquisa e Preservação do Patrimônio Cultural de São Francisco e UNIMONTES – Universidade Estadual de Montes Claros – Campus São Francisco.


DIRETORIA ELEITA E  EMPOSSADA

A diretoria, com mandato de dois anos, assim ficou constituída: presidente – Francis de Souza Soares,  vice-presidente: Adalberto Alves de Jesus, secretária – Elza Regina Mendes Oliveira e vice-secretária – Lucinéia Gonçalves Paraíso e Silva

A diretoria do conselho tem como missão atuar na preservação, valorização e promoção da memória e do patrimônio cultural de São Francisco, fortalecendo o diálogo entre poder público e a sociedade civil.

Em vista do grande desenvolvimento urbano de São Francisco e considerando o seu rico patrimônio histórico cultural, que depende de regularização e proteção, terá o Conselho muito trabalho pela frente. É preciso muita ação para dar uma arrancada de destaque na proteção e divulgação deste rico patrimônio.

UM EXEMPLO DE CIDADANIA

 


Antônio Ferreira da Silva, mais conhecido como Tok Tok, membro do grupo Berimbau Brasil, com sede em Brasília-DF, vem desenvolvendo, em São Francisco, um trabalho social, silencioso de relevante importância, em prol da saúde de pessoas idosas ou com deficiências físicas e crianças. Desde 2020 ele vem desenvolvendo seu trabalho – às terças-feiras no salão da Ong Preservar, atendendo um grupo com 15 pessoas que contribuem com 20 reais por mês, cada: atende, ainda as comunidades Mirante do São Francisco, Jardim Milena e Sagrada Família, na cidade; e Vaqueta, no meio rural. Completa o seu trabalho atendendo a um grupo de crianças na comunidade Porto Velho.

Tempo de trabalho e locomoção (transporte por sua conta) com apenas uma compensação financeira mensal irrisória, pouco mais de um salário mínimo. Sem dúvida, um grande desprendimento a favor do próximo sem qualquer apoio oficial. Contudo, ele recebe a admiração e o carinho das pessoas que atende e a alegria das crianças. Ultimamente ele vem recebendo um apoio muito especial de Nino (Francis Souza Soares) na elaboração de projetos visando a capacitação de recursos, planejamento a médio e a longo prazos, com o mesmo fim, e ajuda financeira para o transporte de atletas em excursões a outras cidades.

Um destaque: Tok Tok atua, ainda, em Icaraí de Minas, na mesma situação.


COMENTANDO


No contexto geral do nosso país onde privilegiados locupletam do dinheiro público, exageradamente, encontra-se um jovem que se dedica ao próximo proporcionando alegria e uma vida sadia a bem dizer de modo praticamente gracioso. Que exemplo!

BODAS DE OURO

 





Cinquenta anos passados?  Que nada, são cinquenta anos presentes, com muito amor e uma bela família: Luiz e Belinha – Bodas de Ouro com comemoração no dia 26 de agosto. Tudo começou em 1975, uma vida a dois unindo as famílias Gandra Bittencourt e Souza Pinto. Luiz aportou-se em São Francisco no dia 31 de março de 1971 criando, logo, profundas raízes no campo profissional, na antiga ACAR, hoje Emater, no campo social e esportivo como grande zagueiro do Estrela. Belinha de família aqui plantada, o pai, José D'Ávila Pinto vindo de Pernambuco e dona Jandira das bandas do Urucuia. O casal teve uma bela trajetória profissional e social em São Francisco. Luiz destacado agrônomo à frente de projetos da ACAR/EMATER angariando o respeito dos produtores rurais e assistindo  jovens líderes rurais da Escola Caio Martins, foi agente de apoio às atividades do Codema na recuperação do cerrado e da bacia do rio São Francisco. Belinha destacando no campo da educação, cofundadora do Colégio Pentágono com as irmãs Lia e Walkyria e os professores Beatriz e Airton. Destacou-se, ainda com intensa dedicação às ações cristãs.

O casal teve a graça de 3 filhos: Renata de Souza Bittencourt, Luiz Gandra Bittencourt Neto, casado com Stefane Veloso Gangana; Danilo de Souza Bittencourt, casado com Fabíola Ferreira; e Adriana Souza de Bittencourt. Neta: Laura Melo de Sousa Gandra Bittencourt, filha de Danilo e Fabíola Melo.

A comemoração das bodas aconteceu em dois tempos: celebração da Santa Missa em Ação de graças e recepção social, que contou com a presença de entes familiares e inúmeros amigos, muitos vindos de diferentes cidades. Foi uma memorável comemoração e não poderia ser diferente para festejar uma vida construída com muito amor e respeito. 

NOITE CULTURAL

 





A Secretaria Municipal de Cultura promoveu na sexta-feira 29, na Praça Centenário, a I Noite Cultural Memória Viva – História, sons e vozes do nosso povo, com o lançamento do fascículo Fragmentos da História de São Francisco. Muito rica a programação: cordéis de Bianca Freire, direção de Mariana Arruda; debate sobre a História de São Francisco com o escritor João Naves e duas acadêmicas do curso de História da Unimontes, mediado por Frederico; feira de artesanato, barraquinhas com comida típica e show com a dupla Cibele Brizola e Alexandre Zuba.

A programação foi cumprida à risca com a presença de um grande público com a   presença de muitas crianças. Prestigiaram o evento o prefeito Miguel Paulo, o vice-prefeito Raul Pereira, os secretários João Hebber (Cultura), Conceir Damião (Meio Ambiente), José Botelho Neto (Agricultura), o vereador Ivan Contador, representantes de entidades sociais e artistas locais

A abertura do evento foi com a execução do Hino à cidade de São Francisco de autoria de Tom Andrade, interpretado por João Hebber e sua filha Jaine com os aplausos de público. Seguindo a apresentação da atriz Bianca Freire, palhaça e cordelista  do Vale do Jequitinhonha – a sua apresentação foi dividida em três peças, destacando-se a principal Têra Sanfoneira, que prendeu o público, especialmente as crianças. Prosseguiu com exposição do autor sobre o fascículo Fragmentos de História de São Francisco com a participação das as acadêmicas Jennifer Moreira e Débora Abreu. O encerramento do evento foi com o show de Cibele e Alexandre com um repertório regional muito apropriado para a noite, que agradou muito ao público. Outros cantores ocuparam o palco, como o secretário João Hebber apresentando músicas de composição do autor são-franciscano Tom Andrade.

Um espaço especial foi a homenagem que a equipe da Secretaria de Cultura fez ao escritor João Naves ressaltando seu trabalho autoral e sua participação ativa em diversos segmentos da sociedade – cultural, ambiental e social. Na ocasião falaram Daniela do departamento cultural da Secretaria, o prefeito Miguel Paulo, o vice-prefeito Raul Pereira e o secretário João Hebber cumprimentando o autor, secretário e equipe da Secretaria da Cultura pela organização e apresentação do evento ressaltando a participação em tão importante evento. Diversos fascículos do Fragmento da História de São Francisco foram autografados pelo autor.


COMENTANDO


Foi perfeita a organização da equipe da Secretaria Municipal de Cultural no planejamento e realização do evento nos mínimos detalhes. Resultado: o aplauso do público elogiando muito o projeto, enfatizando que esses encontros deveriam ser realizados com mais frequência, pois foi uma oportunidade para proporcionar ao são-franciscano vivenciar momentos de muita arte e de cultura. O pedido foi que não ficasse no primeiro, mas que outros acontecessem com maior frequência na Praça Centenário que ganhou vida.