Nota: Esta monografia será dividida em
capítulos, mais curtos, para uma melhor leitura.
Igrejinha e
cruzeirinho de Teodoro
O engenheiro
Teodoro Sampaio aportando-se em São
Francisco em 1877 fez o desenho da igrejinha de São José e do cruzeirinho –
primeiro registro impresso da história de São Francisco.
EM BUSCA DAS ORIGENS - I
Em
sucinta monografia, de caráter narrativo, buscando resgatar fatos que possam compor capítulos
esquecidos da história de São Francisco, recorri ao jornalista italiano Índro Montalelli
quando publicou o livro História de Roma alertando seus leitores: “Escrevi para aprender. Este livro nasce com o
mesmo espírito. Escrevi para aprender esta história. Não é livro de
historiador, não há pesquisa inédita nos arquivos. Não há conclusões ou
interpretações inovadoras. O que há é uma sincera tentativa de contar uma
história bem-contada e recuperar essa tradição que já existiu: uma crônica
sobre o que a cidade foi e como veio a ser o que é. Advirto, ainda,
valendo-me da observação de Fernando A. Novais: “Em história, não pode haver nunca a obra definitiva; tudo o que
podemos aspirar são aproximações mais ou menos felizes. Estaremos gratificados
pelo esforço se nosso trabalho puder considerar-se uma dessas aproximações”. (
História da vida privada no Brasil)
Este
meu intento é uma prova de gratidão pela generosa acolhida que tive em São
Francisco, na minha mocidade, honrando-me, ainda, com o título de Cidadão Honorário
de São Francisco. Nas buscas de
informações vi-me em um labirinto almejando o Fio de Ariadne, enfrentando
intricadas e reduzidas publicações, muitas vezes um quebra-cabeça, para encontrar o município de
São Francisco. Nas minguadas publicações que encontrei sobre o Vale do São
Francisco começo por Vicente Licínio Cardoso que,
categórico, escreveu: “O São Francisco é
um rio sem história”. (Às margens da História do Brasil). Na mesma linha pode-se
observar que São Francisco é um município sem história, malgrado o livro de
Brasiliano Braz, que ele mesmo classificou como autobiográfico. Sobre São
Francisco, ainda como Pedra dos Angicos e Vila de São José de Pedras dos
Angicos, encontramos sucintos aprontamentos de Richard Burton, Teodoro Sampaio,
Carlos Lacerda, juiz Carlos Otoni e Diogo de Vasconcelos. Tal fato parece não
fazer falta, pois nada é reclamado a respeito o que se distancia da advertência
de J.J. Benitez: “Existirão fronteiras
intransponíveis entre o passado, o presente e o futuro? O passado já não existe
senão como memória? O presente se extinguirá como passado? E o futuro já
existirá neste momento?”. (Cavalo de Troia). Buscando respostas, como se
encontra São Francisco no ponto de vista histórico, é preciso intervir criando
laços atemporais entendendo o passado e trabalhando o presente na expectativa
do futuro com realizações plausíveis no campo do desenvolvimento e do
fortalecimento de sua cultura.
Conquanto
possa não parecer de suma importância, merece uma reflexão a respeito da
história, pois revendo os acontecimentos que marcaram a trajetória do nosso
País, desde sua descoberta e a colonização, muitas e boas lições podem ser
extraídas para melhor conduzirmos nossos destinos.
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