sábado, 2 de dezembro de 2023

NOSSA CIDADE: FATOS HISTÓRICOS

 

Nota: Esta monografia será dividida em capítulos, mais curtos, para uma melhor leitura.

Igrejinha e cruzeirinho de Teodoro




O engenheiro Teodoro Sampaio aportando-se em  São Francisco em 1877 fez o desenho da igrejinha de São José e do cruzeirinho – primeiro registro impresso da história de São Francisco.


EM BUSCA DAS ORIGENS - I


Em sucinta monografia, de caráter narrativo,  buscando resgatar fatos que possam compor capítulos esquecidos da história de São Francisco,  recorri ao jornalista italiano Índro Montalelli quando publicou o livro História de Roma alertando seus leitores:  “Escrevi para aprender. Este livro nasce com o mesmo espírito. Escrevi para aprender esta história. Não é livro de historiador, não há pesquisa inédita nos arquivos. Não há conclusões ou interpretações inovadoras. O que há é uma sincera tentativa de contar uma história bem-contada e recuperar essa tradição que já existiu: uma crônica sobre o que a cidade foi e como veio a ser o que é. Advirto, ainda, valendo-me da observação de Fernando A. Novais: “Em história, não pode haver nunca a obra definitiva; tudo o que podemos aspirar são aproximações mais ou menos felizes. Estaremos gratificados pelo esforço se nosso trabalho puder considerar-se uma dessas aproximações”. ( História da vida privada no Brasil)

Este meu intento é uma prova de gratidão pela generosa acolhida que tive em São Francisco, na minha mocidade, honrando-me, ainda, com o título de Cidadão Honorário de São Francisco. Nas buscas  de informações vi-me em um labirinto almejando o Fio de Ariadne, enfrentando intricadas e reduzidas publicações, muitas vezes um  quebra-cabeça, para encontrar o município de São Francisco. Nas minguadas publicações que encontrei sobre o Vale do São Francisco começo por Vicente Licínio Cardoso que, categórico, escreveu: “O São Francisco é um rio sem história”. (Às margens da História do Brasil). Na mesma linha pode-se observar que São Francisco é um município sem história, malgrado o livro de Brasiliano Braz, que ele mesmo classificou como autobiográfico. Sobre São Francisco, ainda como Pedra dos Angicos e Vila de São José de Pedras dos Angicos, encontramos sucintos aprontamentos de Richard Burton, Teodoro Sampaio, Carlos Lacerda, juiz Carlos Otoni e Diogo de Vasconcelos. Tal fato parece não fazer falta, pois nada é reclamado a respeito o que se distancia da advertência de J.J. Benitez: “Existirão fronteiras intransponíveis entre o passado, o presente e o futuro? O passado já não existe senão como memória? O presente se extinguirá como passado? E o futuro já existirá neste momento?”. (Cavalo de Troia). Buscando respostas, como se encontra São Francisco no ponto de vista histórico, é preciso intervir criando laços atemporais entendendo o passado e trabalhando o presente na expectativa do futuro com realizações plausíveis no campo do desenvolvimento e do fortalecimento de sua cultura.

Conquanto possa não parecer de suma importância, merece uma reflexão a respeito da história, pois revendo os acontecimentos que marcaram a trajetória do nosso País, desde sua descoberta e a colonização, muitas e boas lições podem ser extraídas para melhor conduzirmos nossos destinos.


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