Domingos Diniz, meu grande amigo, tal qual um irmão, prefaciando o livro Do Cerrado às barrancas do Rio São Francisco, de minha autoria, numa descrição fidedigna e generosa, descortinou toda minha intenção e o modo de fazer o livro. Leio-a, de quando em quando, e me emociono sentindo o quanto valorizado ficou o livro, revivendo minhas caminhadas. Isso foi por volta de 2001. Vinte e um anos decorridos e neste caminhar perdi, aqui na terra/sertão, o meu grande amigo Domingos Diniz. Disse do seu encantamento aqui na terra, temporada material, pois noutro plano, em espírito, navego com ele em nossas jornadas sertanejas, bebericando a fresca água das veredas impregnados pelo perfume das caraibinhas. Então, relendo – mais uma vez – o poético prefácio do dito livro, vontade senti – e por necessidade – de voltar ao meu querido sertão urucuiano e, em letras, materializar minhas lembranças, tantas ainda guardadas e que não foram parte do livro publicado ou em parte.
Volto ao Urucuia em aprazível passeio. Pelo que lá vivi, a descrição será dividida em dois cenários: os Gerais e o Vão. São dois espaços distintos, embora na mesma região. Distintos considerando os elementos físicos, biológicos e humanos, e suas relações com o meio. Tenho como ponto de registro rever a relação do homem com aquele universo tão próprio, e as condições climáticas e as características do espaço geográfico.
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