Nota: Esta monografia será dividida em capítulos,
mais curtos, para uma melhor leitura.
Igrejinha e cruzeirinho de Teodoro
EM BUSCA DAS ORIGENS – XIV
A raça do brasileiro foi formada pela miscigenação por três raças branca. Negra e vermelha, como acolhido por diversos historiadores. Destarte, apesar de ser despiciendo pelo tanto que já foi escrito, remeto-me a um sucinto comentário a respeito da raça branca que, de certa forma tem certo destaque na humanidade. Rebuscando narrativas históricas atento-me a ela considerando que origina do continente europeu o povo que deu origem ao povo que descobriu e deu início à colonização do Brasil. Passo, como ponto de partida a ascensão do Império Romano sob o prisma da sede de conquista no período que conquistava imensos territórios na Europa, estendendo sua ânsia e poder de conquista à Ásia e África – poder e riqueza, eram a inspiração. Acompanho, depois, a expansão do império britânico, que foi o maior na história da humanidade, chegando a dominar quase um quarto do planeta – era tanto que foi apelidado de “o império no qual o Sol nunca se põe”. Seguem os expansionismos de Portugal, Espanha, França e Bélgica em busca de especiarias, ouro, diamante e, lamentavelmente, subjugando nativos. Essas civilizações dispondo de recursos náuticos, exército bem equipados, impulsionados pelo mercantilismo estenderam seus tentáculos em territórios da África. O problema é que esses territórios abrigavam diversas etnias e tribos diferentes, com religiões e culturas diferentes, e que eram historicamente inimigas. Isso ocasionou diversos conflitos internos e guerras civis que marcaram a história do continente e contribuíram para a pobreza da população local. Outros fatores que ocasionaram a miséria foram a retirada desenfreada de recursos naturais oriundos da mineração, como ouro e diamantes, e a caça, que esgotaram os recursos naturais em diversos locais daquele continente.
Não estendo nesta particularidade
(expancionismo, imperialismo, ganância) detenho-me em Portugal que, da Europa
dos brancos é o que interessa diretamente posto ser o país que descobriu e
colonizou o Brasil. Da raça que primeiro influenciou a raça brasileira, à parte
do negro e do índio, tem raízes ancestrais na África, como anotou Gilberto
Freyre (Casa Grande&Sensala): “Quanto
ao fundo considerado autóctone de população tão movediça, uma persistente massa
de dólicos morenos cuja cor a África árabe e mesmo negra, alargando de
gente sua largos trechos da Península, mais uma vez
veio avivar de pardo ou de preto. Era como se os sentisse intimamente seus por
afinidades remotas apenas empalidecidas; e não os quisesse desvenecidos sob as camadas sobrepostas de nórdicos nem
transmudados pela sucessão de culturas europeizantes. Toda a invasão de celtas,
germanos, romanos, normandos (...) Que tudo isso sofreu restrição ou refração
num Portugal influenciado pela África, condicionado pelo clima africano,
solapado pela mística sensual do islamismo.”
O antropólogo Ferraz de Macedo
definindo o tipo do português, segundo registra Gilberto Freyre, deu logo com a
dificuldade fundamental: “a falta de um tipo dinâmico determinado. O que encontrou
foram hábitos, aspirações, interesses, vícios, virtudes variadíssimas e com
origens diversas – étnicas, culturais.